A Academia Brasileira de Letras comemorou 127 anos nesta quinta-feira (18), com uma solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon, quando foram entregues os mais importantes prêmios da Instituição este ano, como o Prêmio Machado de Assis, a Medalha Machado de Assis e a Medalha João Ribeiro, recebidos respectivamente por Adélia Prado, Gilberto Araújo e Thomas Souto Corrêa.
Grande estrela da noite, a poeta Adélia Prado não pode comparecer, mas gravou vídeo lendo poemas como "Guia", "Tulha" e "Contra o muro".
— Adélia Prado é a maior poeta brasileira. Resolvemos homenageá-la porque estávamos devendo isso a ela e à poesia brasileira — afirmou Merval Pereira, presidente da ABL. A filha da poeta, Ana Prado, recebeu o prêmio pela mãe, que também foi homenageada com um recital de Tony Ramos. O ator declamou uma dezena de poemas da autora, e concluiu: "A voz da poeta e a voz da poesia nunca terminam".
— Me sinto como parte da festa — contou Ramos, que se revelou nervoso e com "a boca seca" antes da leitura. — Homenagear essa grande poeta e mulher... estar vivendo isso aqui é muito bonito. Me senti lisonjeado com o convite da Academia para ler alguns poemas. E de forma descompromissada, como se estivesse na varanda de uma casa ou num bate papo entre amigo, onde alguém resolve parar e ler uns poemas. Achei a ideia ótima.
Outro homenageado da noite foi jornalista Thomas Souto Corrêa, que presidiu por duas vezes a Associação Nacional de Editores de Revistas. Atual vice-presidente do Conselho Editorial da Editora Abril, onde trabalha há 60 anos, ele foi responsável por criar, organizar e reformular diversos títulos da editora, como Veja, Claudia, Realidade, entre outros.
Corrêa também o criador do Prêmio Abril de Jornalismo, que existiu entre 1977 e 2018. Antes da Abril, foi redator da editoria internacional do jornal O Estado de S.Paulo.
Vencedor da medalha Machado de Assis, Gilberto Araújo é professor de literatura brasileira na graduação e na pós-graduação na UFRJ, onde recebeu o título de Doutor em Literatura Brasileira. É pesquisador da obra de Raul Pompeia, tem pós-doutorado pela Université Sorbonne Nouvelle – Paris III, onde foi professor em 2022 e 2023.
Entre 2010 e 2013, trabalhou no setor de Publicações da ABL. Ele se dedica à pesquisa da obra de Raul Pompeia desde 2011, época em que fez o mestrado na UFRJ. Reeditou, em 2013, o livro póstumo de “Canções em metro”, que reúne poemas em prosa.
Matéria na íntegra: https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2024/07/18/com-recital-de-tony-ramos-adelia-prado-recebe-premio-machado-de-assis-em-cerimonia-na-abl.ghtml
19/07/2024
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