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ABL abre seu Ciclo de Conferências de 2020 com o tema “Pensar o Brasil hoje: sínteses e confluências”, sob a coordenação do Acadêmico Antônio Torres

 

A Academia Brasileira de Letras abriu, no mês de março, seu Ciclo de Conferências de 2020, intitulado Pensar o Brasil hoje: sínteses e confluências, com palestra do antropólogo Antonio Risério. Com a coordenação da Acadêmica Ana Maria Machado, o tema escolhido foi Em busca da nação perdida. O evento foi realizado quinta-feira, dia 5 de março, às 17h30, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson, 203 – Castelo, Rio de Janeiro.

O Acadêmico e escritor Antônio Torres é o coordenador-geral do Ciclo de Conferências de 2020.

Os Ciclos de Conferências são transmitidos ao vivo pelo Portal da ABL.

Foram fornecidos certificados de frequência.

Segundo o conferencista Antonio Risério, "somos hoje uma nação desorientada, sem rumo, dilacerada por polarizações violentas. Quero examinar alguns aspectos disso, a começar pela construção de uma nova história oficial do Brasil que, no fundo, apenas submeteu a experiência nacional brasileira a um processo de avacalhação sistemática. Depois disso, falar das atuais polarizações ‘fratricidas’: a polarização política, a polarização religiosa, as polarizações identitárias. Finalizar defendendo que precisamos superar essas polarizações, recuperar nossas grandezas e defender nossos legados.”

O Ciclo Pensar o Brasil hoje: sínteses e confluências terá mais três palestras, às quintas-feiras, no mesmo local e horário, nos seguintes dias, com os conferencistas e temas, respectivamente: dia 12, Mércio Gomes, Moral e Ética no Brasildia 19, Sérgio Rodrigues, Viva a língua portuguesa à brasileira;dia 26, Paulo Henrique Scott, Novas vozes, novos olhares: a literatura brasileira nas duas primeiras décadas do Século XXI.

O Conferencista

Antonio Risério nasceu na Cidade do Salvador da Bahia de Todos os Santos no dia 21 de novembro de 1953. Poeta, romancista e ensaísta, defendeu tese de mestrado em sociologia com especialização em antropologia. Fez política estudantil na década de 1960 e, em seguida, mergulhou nas águas da contracultura. Integrou grupos de trabalho que implantaram a televisão educativa, as fundações Gregório de Mattos e Ondazul, o Centro da Referência Negromestiça (Cerne) e o hospital Sarah Kubitschek, na Bahia. Na década de 1980, criou e dirigiu, na prefeitura de Salvador, o projeto de proteção e recuperação dos terreiros de candomblé da cidade. Coordenou o Cebran, centro de estudos e pesquisas da Rede Sarah de hospitais, em Brasília. Elaborou o projeto geral para a implantação do Museu da Língua Portuguesa (São Paulo) e do Cais do Sertão Luiz Gonzaga (Recife). Integrou os núcleos de criação e estratégias das campanhas presidenciais de Lula da Silva (2002 e 2006), Dilma Rousseff (2010) e Ulisses Corrêa da Silva (Cabo Verde, 2016). Tem feito argumento e roteiros para cinema e televisão; entre eles, a adaptação do livro O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro. Diversas composições suas foram gravadas por estrelas da música popular brasileira. Escreveu, entre outros, os livros Textos e Tribos: Poéticas Extraocidentais nos Trópicos Brasileiros (Rio, Imago, 1993), Fetiche (Salvador, Fundação Casa de Jorge Amado, 1996), Oriki Orixá (São Paulo, Perspectiva, 1998), Uma História da Cidade da Bahia (Rio, Versal, 2004), a novela A Banda do Companheiro Mágico (São Paulo, Publifolha, 2007), A Utopia Brasileira e os Movimentos Negros (São Paulo, Editora 34, 2007), A Cidade no Brasil (São Paulo, Editora 34, 2012), Mulher, Casa e Cidade (São Paulo, Editora 34, 2015), o romance Que Você É Esse? (Rio, Record, 2016), A Casa no Brasil (Rio, Topbooks, 2019) e Sobre o Relativismo Pós-Moderno e a Fantasia Fascista da Esquerda Identitária (Rio, Topbooks, 2019). Atualmente, no caminho do Museu da Língua Portuguesa e do Cais do Sertão Luiz Gonzaga, está engajado no projeto de implantação da Casa da Música (Salvador, Bahia).

17/02/2020

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