adj.2g.
1. De Tóquio, capital do Japão; próprio dessa cidade ou de seu povo.
s.2g.
2. Natural ou habitante de Tóquio.
[Embora haja registro e uso do gentílico toquiota, expressões analíticas como “natural de Tóquio”, “natural da cidade de Tóquio”, “nativo de Tóquio” ou “pessoa de Tóquio”, por exemplo, são bastante difundidas.]
“Quando estive pela primeira vez em Akihabara, no ano passado, visitei foi um maid cafe, ou ‘café das criadinhas’. [...] Quando estive pela segunda vez em Akihabara, em fevereiro passado, revi as criadinhas que, expostas ao frio e à chuva do inverno, atraem os passantes para uma migalha de calor humano. Estão longe de serem a visão mais insólita que se pode ter nas ruas toquiotas. Há pares de mocinhas fantasiadas de bonecas louras, homens vestidos como personagens de mangás, criaturas andróginas com um rabo de raposa saindo de suas calças jeans... Ninguém liga, ninguém se espanta. Só nós, os jecas ocidentais.”[1]
“Lugar revelador da história toquiota, o museu Edo-Tokyo (www.edo-tokyo-museum.or.jp) recria ambientes de diversas eras, inclusive dos Jogos Olímpicos de 44 anos atrás. Entre os artistas com obras no museu, se sobressai Katsushika Hokusai (1760-1849), mestre da gravura ukiyo-e e precursor das histórias em quadrinhos japonesas, os mangás.”[2]
“Em A valise do professor, ganhador do Prêmio Tanizaki, um dos mais prestigiosos do Japão, a prosa entrecortada e sucinta de Hiromi Kawakami nos revela a mente confusa de uma mulher embaralhando cenas reais com sonhos, lembranças e reflexões no cotidiano amoroso e solitário na megalópole toquiota, tema recorrente da autora.”[3]
“Viver (1952) aparece na carreira de Akira Kurosawa logo após o fracasso de público de O Idiota (1951) e o sucesso internacional de Rashomon (1950). Com roteiro do próprio Kurosawa em parceria com Shinobu Hashimoto (Os Sete Samurais) e Hideo Oguni (Ran), Viver sagrou-se como um dos filmes mais emotivos da filmografia do diretor e certamente um dos melhores de sua carreira. Kanji Watanabe é um toquiota que gerencia uma repartição pública há muitos anos. Toda a sua vida foi dedicada ao trabalho, cumprimento de agendas, burocracia de escritório, horários, compromissos profissionais. Em idade avançada e às portas da aposentadoria, o sr. Watanabe percebe que praticamente viveu em um escritório a maior parte de seus áureos anos e que nada realizou para si próprio ou para os outros.”[4]
“No dia 8 de abril, a partir das 19h30, a OÁ Galeria abre as portas para o lançamento do livro Toquiotas, seguido de um bate-papo com o fotógrafo Tom Boechat. O livro bilíngue (português e inglês) reúne imagens feitas na cidade de Tóquio, com texto introdutório de Luiz Guilherme Santos Neves, contos dos escritores Elton Pinheiro, Herbert Farias e Marcia Lahtermaher e texto crítico de Alexandre Emerick. [...] O título, Toquiotas, ao mesmo tempo que explicita a relação com a capital japonesa – aquilo ou aquele que vem de Tóquio – reforça o estranhamento presente nas fotografias de Boechat.”[5]
“Já a massa é feita com farinha de trigo, único ingrediente em abundância para um país arrasado pela guerra. Indigesta ao olhar, a mistura se tornou um dos pratos mais populares da capital japonesa, um verdadeiro representante da gastronomia toquiota.”[6]
“Antes da pandemia, a guia organizava tours gastronômicos quase que diários com estrangeiros, e uma das iguarias que ela mais gostava de apresentar era o ‘monja’, como os toquiotas chamam carinhosamente o prato.”[7]
[1] DAPIEVE, Arthur. Aconchego toquiota. O Globo, 14 dez. 2012. Cultura. Disponível em: https://oglobo.globo.com/cultura/aconchego-toquiota-7042031. Acesso em: 16 abr. 2023.
[2] CIOFFI, Silvio. No topo do Japão: Torre de 333m de altura é ponto mais alto de Tóquio. Folha de S.Paulo, 28 ago. 2008. Turismo. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx2808200813.htm. Acesso em: 16 abr. 2023.
[3] EDITORA ESTAÇÃO LIBERDADE. A valise do professor. Sinopse do livro de Hiromi Kawakami. São Paulo: Editora Estação Liberdade, s.d. Domínio Japonês. Disponível em: https://estacaoliberdade.com.br/livraria/valise-do-professor. Acesso em: 16 abr. 2023.
[4] SANTIAGO, Luiz. Crítica – Viver (1952). Plano Crítico, 10 maio 2018. Disponível em: https://www.planocritico.com/critica-viver/. Acesso em: 16 abr. 2023.
[5] ESPÍRITO SANTO (estado). Funcultura: Tom Boechat lança o livro Toquiotas em Vitória. Governo do Estado do Espírito Santo, SECULT – Secretaria da Cultura, 5 jan. 2017. Disponível em: https://secult.es.gov.br/funcultura-tom-boechat-lanca-o-livro-toquiota. Acesso em: 16 abr. 2023.
[6] MAXWELL, Roberto. De brincadeira a comida da guerra: conheça monjayaki, a panqueca japonesa. Nossa, 25 jul. 2021. Cozinha. Japão. Disponível em: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2021/07/25/de-brincadeira-.... Acesso em: 16 abr. 2023.
[7] Idem, ibidem.