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gestuante

Classe gramatical: 
adj.2g. s.2g.
Palavras relacionadas: 

gestualizar v.; gestuar v.; gestuário s.m.

Definição: 

adj.2g.

1. Que se expressa por meio de língua gestual, de sinais.

s.2g.

2. Aquele que se expressa por meio de língua gestual, de sinais.

Exemplos de uso: 

“Este artigo começa com uma visão geral sobre as narrativas de experiência pessoal no contexto da literatura das línguas gestuais. [...] O foco principal deste trabalho será então o estudo deste tipo de narrativas em línguas gestuais africanas e, em particular, na língua gestual da aldeia de Adamorobe, no Gana. Na segunda parte do artigo, são analisadas duas narrativas de experiências pessoais sobre ataques de cobras produzidas por dois gestuantes surdos de Adamorobe, para ilustrar como as narrativas são estruturadas internamente e como as personagens são ativadas por meio da incorporação.”[1]

“Uma questão relevante a ser colocada é se os gestuantes de uma língua gestual são capazes de identificar um gestuante não nativo. Esta comunicação pretende contribuir para esta questão, discutindo os resultados dos gestuantes da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). O estudo foi realizado com 28 gestuantes de LIBRAS, incluindo homens e mulheres, sendo a maioria surdos profundos (79%). [...] Foi pedido aos participantes que respondessem a um questionário escrito com perguntas com o objetivo de verificar se os participantes conseguiam identificar se o gestuante de LIBRAS era surdo ou não.”[2]

“As línguas gestuais são línguas naturais, espontaneamente criadas pelo Homem e que obedecem a universais linguísticos (Correia, 2014), sendo necessário que o gestuante dê atenção ao significado e ao significante. Embora a terminologia ainda não seja consensual, a esta habilidade atribui-se o nome de consciência querológica (Capovilla, 2011), definida enquanto capacidade de refletir, analisar e manipular os segmentos mínimos que constituem um gesto (Karnopp, 1997).”[3]

“Para a recolha de dados, utilizou-se a tarefa Real Object do American Sign Language Assessement Instrument (doravante ASLAI) para produção elicitada, um teste desenvolvido pela equipe de Hoffmeister (HOFFMEISTER et al., 1990) para avaliar o desenvolvimento da linguagem em crianças surdas gestuantes da American Sign Language (ASL), e criou-se uma história em quadrinhos para produção espontânea controlada. A participação neste trabalho contou com surdos gestuantes de LGP [Língua Gestual Portuguesa] distribuídos por quatro faixas etárias (dos 12 aos 60 anos). Esta investigação tem como base a criação de um pequeno corpus de classificadores de LGP para estudos linguísticos e para, futuramente, ser desenvolvida uma tipologia dos classificadores em LGP. O objetivo deste estudo é (i) identificar e descrever como os surdos gestuantes de LGP como língua materna produzem determinados classificadores verbais e classificadores nominais (seguindo a proposta de SUPALLA, 1986), e (ii) observar as diferenças de utilização de classificadores entre gestuantes de diferentes faixas etárias.”[4]

“A modalidade visual das línguas gestuais promove a incorporação de várias funções num único classificador que pode preencher várias funções sintáticas (como associações entre sujeito e predicado ou associações entre verbo, objeto, instrumento, modo, aspeto ou localização), segundo Nascimento & Correia (2011, p.108-109). Sendo os classificadores muitas vezes utilizados pela comunidade linguística gestuante como catalisadores de narrativas contadas (CARMO, 2016) ou ainda de poesia gestual declamada (MARTINS, 2016), a sua tradução torna-se particularmente difícil.”[5]

 


[1] MORGADO, Marta. “Já viu uma cobra?” Como os gestuantes de Adamorobe narram uma experiência pessoal. Revista Espaço. Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES, n. 56, jul.-dez. 2021, p. 79-102.  Disponível em: https://seer.ines.gov.br/index.php/revista-espaco/article/view/1661/1628. Acesso em: 23 fev. 2023.

[2] SILVA, Thaïs Cristófaro; PASSOS, Rosana. Gestuantes nativos e não nativos de língua gestual: uma contribuição ao debate da aquisição da linguagem. Cadernos de Saúde, v. 6, Aquisição das Línguas Gestuais, 2013, p. 103. Disponível em: https://revistas.ucp.pt/index.php/cadernosdesaude/article/view/3132/3036. Acesso em: 23 fev. 2023.

[3] PRATAS, Marta; CORREIA, Isabel; SANTOS, Sofia. “A avaliação da consciência querológica de alunos surdos.” In: SANTOS, Sofia (coord.). Diversidade e educação inclusiva: instrumentos validados. (Coleção Forças de Mudança em Educação). Lisboa: Instituto de Educação, Universidade de Lisboa [ebook], 2022, p. 162-176. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/54616/1/FME_SSantos_Diversidad.... Acesso em: 23 fev. 2023.

[4] CARMO, Helena; MOITA, Mara; MINEIRO, Ana. Os classificadores da Língua Gestual Portuguesa (LGP): estudo piloto. Revista Leitura. Maceió: Línguas de Sinais: abordagens teóricas e aplicadas, v. 1, n. 58, jan.-jun. 2017, p. 26-46. Disponível em: https://www.seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/download/4843/.... Acesso em: 23 fev. 2023.

[5] Idem, ibidem.

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