Portuguese English French German Italian Russian Spanish

ciclável

Classe gramatical: 
adj.2g.
Definição: 

1. Que se destina ou é adequado ao trânsito de bicicletas e veículos similares; próprio para a circulação desses veículos (diz-se de rota, faixa, via, percurso, cidade, bairro, etc.).

2. Referente ao trânsito de bicicletas e veículos similares.

Exemplos de uso: 

“Desde 2013, a CTTU [Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife] tem investido massivamente na implantação de rotas cicláveis pelo Recife. Desde então, a malha cicloviária aumentou em mais de 200%, crescendo de 24 km em 2013 para 72 km em 2019. Essas rotas podem ser compostas por ciclorrotas, ciclofaixas ou ciclovias. As ciclorrotas são vias compartilhadas entre as bicicletas e os demais veículos. Nesses casos, a velocidade máxima regulamentada na via sempre é reduzida a 30 km/h e a sinalização vertical indica que existem bicicletas transitando na via para que os veículos respeitem um ao outro. Nas ciclofaixas, o espaço é reservado exclusivamente para o ciclista, e a sinalização é composta de pintura horizontal e implantação de tachões e placas. Já nas ciclovias, o espaço utilizado por ciclistas e condutores é isolado para o acesso apenas desse público. De acordo com Antônio Henrique, gestor de Unidade de Mobilidade Sustentável da CTTU, o tipo de rota ciclável é escolhido de acordo com a estrutura da via.”1

“Falando em bicicleta, enquanto a venda de carros particulares despencou durante a pandemia, as vendas de bicicleta dispararam. Boa parte dessas bicicletas será usada para lazer e esporte, mas muitas como meio de deslocamento. Algumas cidades têm acompanhado esta tendência e agido de acordo, aumentando a oferta de infraestrutura para a mobilidade ciclável, com ciclovias temporárias e estacionamento de bicicletas, como é o caso da capital portuguesa, Lisboa, que acelerou seu plano cicloviário e estima construir quase 100 km de ciclovias, passando a ter 200 km em 2021.”2

“Jackson (2011) propõe uma macroeconomia da sustentabilidade, cujo capital investido para remunerar serviços ambientais e redesenhar os espaços urbanos atenda a outra lógica de financiamento e remuneração. A busca da eficiência no uso dos recursos teria retorno e produtividade diferenciada, baseada em uma nova ecologia de investimentos, direcionada ao desenho de cidades sustentáveis e cicláveis. Para isso, é preciso compreender a cidade como um ecossistema, e os stakeholders, como responsáveis por um planejamento e um design urbano adaptativo, baseado na compreensão das interações e retroalimentações entre os componentes técnicos, sociais e ecológicos (McPherson et al., 2016)”.3

“Atualmente, a malha cicloviária no DF é estimada em 420 km, sendo 355,7 km de ciclovia, 7,6 km de ciclofaixa e 56,8 km de acostamento ciclável. Segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios 2015-2016 (PDAD-DF), há 388.637 bicicletas, mas apenas 1,22% das pessoas a usam como meio de transporte para ir ao trabalho — e, dessas, 70% se locomovem dentro da própria Região Administrativa, 12%, no Plano Piloto e 18%, em outras localidades.”4

“Atualmente, Rio Branco é a capital que tem a maior rede cicloviária por habitante do país. Em 2006, a prefeitura implementou 60 km de ciclovias e ciclofaixas e hoje são 160 km de vias cicláveis projetadas e mais de 110 km em funcionamento para 350 mil habitantes. ‘O primeiro passo para uma cidade ser considerada ciclável é você ter uma rede, mas tem de ser analisada individualmente. Paris, por exemplo, se tornou uma cidade ciclável diminuindo a velocidade do carro. O modelo holandês é dos 8 anos aos 80. Tem que entender a cidade’, comenta [Ricardo] Corrêa.”5

“A presente seção tem como objetivo orientar a prefeitura nas diretrizes de implantação de um sistema de transporte não motorizado, constituído pelo conjunto de fatores e infraestruturas que proporcionam a mobilidade e acessibilidade para pedestres e ciclistas. É importante destacar que, além da infraestrutura de calçadas para pedestres e vias cicláveis para bicicletas, que garantem conforto, e da configuração da rede, que garante conectividade, outros aspectos também influenciam as escolhas e a qualidade dos deslocamentos não motorizados, tais como atratividade, segurança pública e segurança viária.”6

“O sistema cicloviário deve estar suportado por um sistema de informação que possibilite ao ciclista fazer uso não somente da infraestrutura cicloviária propriamente dita como também informá-lo a respeito de rotas alternativas, trânsito, topografia etc. Assim, a sinalização específica de orientação ao ciclista tem como objetivo apontar rotas cicláveis diretas aos destinos desejados.”7

“A administração usou como base estudos do Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta e as orientações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Segundo a UFV [Universidade Federal de Viçosa], com menor largura da faixa ciclável, maior flexibilidade e menor custo de implantação e manutenção, o sistema oferece maior segurança ao ciclista, que circulará como veículo nas vias.”8

“Em um ano, o projeto já identificou que as ciclovias da cidade precisam passar por adequações para receber visitantes. Por isso, foi feito um relatório técnico que aponta as modificações que precisam ser implementadas e as adequações que precisam ser realizadas. Também foi elaborado um material que identifica as necessidades dos turistas que ainda não são encontradas na cidade. — Niterói é uma cidade ‘ciclável’, mas falta sinalização. A cidade ainda carece de lojas de manutenção para bicicletas e locais para encher pneus, entre outras coisas — diz a docente [Fátima Priscila]”.9

“O Rio, que em 2012 estava na lista das 20 cidades mais cicláveis do mundo, conta com cerca de 450 quilômetros de ciclovias. Assim como em São Paulo, as dificuldades são em manter esses caminhos bem conservados. Um dos principais legados das Olimpíadas, a Ciclovia Tim Maia, por exemplo, desabou em dois pontos. Em abril de 2016, três meses após a inauguração, um trecho de cerca de 20 metros entre Leblon e São Conrado desmoronou depois de ser atingido por ondas. Neste ano, outro trecho, entre São Conrado e Barra da Tijuca, afundou depois de fortes chuvas.”10

 

1 PORTAL FOLHA PE. Recife alcança aumento de 200% de rotas cicláveis. Folha de Pernambuco, 6 jun. 2019. Disponível em: https://www.folhape.com.br/noticias/recife-alcanca-aumento-de-200-de-rot.... Acesso em: 25 maio 2021.

2 SCHLICKMANN, Marcos Paulo. O que está mudando e o que deve permanecer na mobilidade como legado do coronavírus. Cidades 21, 23 set. 2020. Disponível em: https://www.cidades21.com.br/o-que-esta-mudando-e-o-que-deve-permanecer-.... Acesso em: 25 maio 2021.

3 FILHO, Osmar Coelho; JUNIOR, Nilo Luiz Saccaro. Cidades cicláveis: avanços e desafios das políticas cicloviárias no Brasil. Texto para discussão. Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Brasília, Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/7521/1/TD_2276.pdf. Acesso em: 25 maio 2021.

4 CAVALCANTI, Leonardo; LAMBERT, Natália; BRITO, Aline; SANTOS, Maiza. Ciclovias em busca de uma cidade. Correio Braziliense, 7 ago. 2017. Especial Sustentabilidade. Disponível em: https://especiais.correiobraziliense.net.br/ciclovias-em-busca-de-uma-ci.... Acesso em: 25 maio 2021.

5 Idem, ibidem.

6 LOGIT. Planos de Mobilidade Urbana Sustentável e Projetos Estruturantes para Cidades-Polo e as Regiões Centro-Sul e Centro-Norte do Estado do Espírito Santo. Produto 6.3, Consolidação dos Trabalhos PMUS, Colatina – ES. Planmob Espírito Santo, Vitória, 2014. Disponível em: https://sedurb.es.gov.br/Media/sedurb/Importacao/Plano%20de%20Mobilidade.... Acesso em: 26 maio 2021.

7 Idemibidem.

8 G1 ZONA DA MATA. UFV conclui projeto para a implantação de ciclofaixas no campus sede da instituição. G1, 23 jul. 2020. Zona da Mata. Disponível em: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/07/23/ufv-conclui-proj.... Acesso em: 26 maio 2021.

9 RUBIM, Maíra. Projeto gestado na UFF mapeia rotas cicloturísticas de Niterói. O Globo, 8 maio 2016. Rio. Bairros. Disponível em: https://oglobo.globo.com/rio/bairros/projeto-gestado-na-uff-mapeia-rotas.... Acesso em: 26 maio 2021.

10 EM MOVIMENTO. Como tornar viável o uso de bicicletas nas cidades brasileiras? Veja projetos que dão certo. G1, 20 fev. 2018. Em Movimento. Disponível em: https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-movimento/noticia/como-tor.... Acesso em: 26 maio 2021.

Ver palavras anteriores