Portuguese English French German Italian Russian Spanish

blockchain

Classe gramatical: 
s.2g.
Definição: 

Base de dados digital, monitorada por uma ampla rede de computadores, na qual é registrado, por meio de um código único e imutável, um determinado ativo (criptomoeda, criptoarte, diploma digital, etc.), e as transações a ele referentes, o que garante sua segurança e legitimidade. [Anglicismo.]

Exemplos de uso: 

“Há todo tipo de exemplo para explicar o que é blockchain: uma corrente de blocos com códigos criptografados; um cartório virtual espalhado pelo mundo; ou, ainda mais lúdico: um bloco de trilhos de uma ferrovia, cada um com seu próprio registro, que garante a todos uma viagem confiável. Todos os exemplos, a seu modo, estão certos e, de alguma forma, explicam como funciona a tecnologia que permite a existência do mercado de criptomoedas.”1

“O blockchain é considerado por alguns especialistas como a inovação tecnológica mais importante desde a criação da internet. Ele pode ser descrito como uma rede de registros de informações distribuídos que sofrem alterações através de blocos de transações protegidas por criptografia, conectados uns aos outros, e que não podem ser alterados ou excluídos depois de sua verificação. Essa tecnologia tem tudo para representar uma grande disrupção na economia global. Muita gente enxerga o blockchain apenas como uma das tecnologias que possibilita o funcionamento do bitcoin. No começo, essa era de fato a principal aplicação. No entanto, com sua evolução, essa tecnologia mostrou um potencial de uso muito maior do que somente transacionar criptomoedas.”2

“A primeira rede blockchain foi a do bitcoin, depois foram criadas outras criptomoedas, como a litecoin e a dogecoin, por exemplo. Porém, essas redes podem ser programadas para rastrear e registrar qualquer tipo de valor, não apenas transações financeiras, mas também escrituras de imóveis, ações da bolsa de valores, identidades digitais, registros de uma cadeia de suprimentos, gestão de dados, etc. As possibilidades são imensas. De forma geral, o blockchain pode reduzir os custos de instituições bancárias com infraestrutura, podendo gerar uma economia expressiva, principalmente pela eficiência operacional que a tecnologia traz para os processos de confirmação e autenticação de transações.”3

“Os dados no blockchain obedecem a um padrão para que possam ser verificados e validados a qualquer momento, criando uma cadeia de informações que necessariamente precisa estar associada a cada um deles de modo ordenado. Isso faz que não seja possível atravessar a cadeia de dados, visto que para que um dado seja validado parte da informação se encontra no dado anterior e parte no dado seguinte. Essa organização em cascata permite maior confiabilidade em todo o sistema, pois não é possível inserir dados aleatoriamente no blockchain. Sendo assim, uma transação só pode ser realizada uma vez, inibindo duplicidade e até mesmo fraudes.”4

“A blockchain é um grande banco de dados compartilhado que registra as transações dos usuários. A rede do Bitcoin, a primeira do mercado, guarda informações como quantidade de criptomoedas transferidas entre os usuários; identificação (endereço digital) de quem enviou e quem recebeu os valores; e data e hora das transações. A diferença entre uma blockchain como a do BTC [bitcoin] e os bancos de dados ‘tradicionais’ é que ela não é controlada por autoridades, como bancos, governos, empresas ou grupos. O sistema foi construído de tal maneira que os participantes (chamados de nós) são os controladores e auditores de tudo – e tomam as decisões sobre a rede.”5

“A blockchain surgiu junto com o Bitcoin em 31 de outubro de 2008. Naquele dia, Satoshi Nakamoto, pseudônimo da pessoa – ou pessoas – por trás da criptomoeda, publicou o white paper (guia) do BTC, intitulado ‘Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System’ (Bitcoin: Um Sistema de Dinheiro Eletrônico Peer-to-Peer). Cabe ressaltar, no entanto, que Nakamoto não usa exatamente a palavra ‘blockchain’ no documento. Ao longo das nove páginas do material, ele cita apenas os termos ‘block’ e ‘chain’ separados. O termo blockchain, portanto, é um tipo de buzzword (palavra da moda) criado pelo próprio mercado.”6

“O blockchain serve para registrar as obrigações legais de grandes geradores de resíduos em São Paulo. O sistema desenvolvido pela empresa GreenPlat permite que a prefeitura rastreie mais de 18 mil toneladas de resíduos de 40 mil grandes empresas. Já em João Pessoa, o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS-Rio) capacitou servidores municipais para o potencial uso do blockchain em um projeto de habitação social. – O blockchain é caro e mais lento que outras tecnologias. Mas tem dois atributos supervaliosos: transparência e imutabilidade. Isso pode abrir caminho para soluções ousadas. Por que não registrar todo o gasto público em blockchain? – diz Gabriel Aleixo, desenvolvedor de negócios da rede de blockchain brasileira Hathor.”7

“A Estônia é bem-vista como pioneira na adoção de tecnologias digitais na Europa, e o Blockchainnão é exceção. O país desenvolveu sua própria rede Blockchain, chamada Ksi, projetada como uma solução de segurança centrada na privacidade para proteger redes, sistemas e dados. A Ksi é usada em diversos setores – desde dados de tribunais até identidade eletrônica.”8

“Uma pessoa com uma certa instrução acadêmica acumula ao longo da vida muitas certificações, desde o diploma da educação básica até os diplomas universitários. Atualmente, um problema muito comum e grave são as fraudes decorrentes de falsificações em currículos e até mesmo de exercer a profissão ilegalmente. Com o blockchain as instituições poderiam disponibilizar as certificações em uma rede blockchain e assim a organização que necessitasse verificar essas credenciais teria o fácil acesso a elas.”9

Referências: 

BLOCKCHAIN. In: DICTIONARY.COM. Disponível em: https://www.dictionary.com/browse/blockchain. Acesso em: 26 jul. 2022.

BLOCKCHAIN. In: ISTITUTO TRECCANI. Enciclopedia Treccani. Disponível em: httpshttps://www.treccani.it/enciclopedia/ricerca/blockchain/. Acesso em: 26 jul. 2022.

BLOCKCHAIN. In: LE ROBERT DICO EM LIGNE. Le Robert. Disponível em: https://dictionnaire.lerobert.com/definition/blockchain. Acesso em: 4 ago. 2022.

BLOCKCHAIN. In: MERRIAM-WEBSTER. Disponível em: https://www.merriam-webster.com/dictionary/blockchain. Acesso em: 19 set. 2022.

 

1 REDAÇÃO O GLOBO. Blockchain, criptomoedas e o avanço das transações virtuais. O Globo, 24 jan. 2022. Economia. Disponível em: https://oglobo.globo.com/podcast/blockchain-criptomoedas-o-avanco-das-tr.... Acesso em: 4 ago. 2022. 

2 REDAÇÃO EXAME. Como funciona a tecnologia blockchain? Exame, 24 dez. 2021. Future of Money. Disponível: https://exame.com/future-of-money/como-funciona-a-tecnologia-blockchain/. Acesso em: 28 jul. 2022. 

Idemibidem.

4 SOUSA, Fernando. Blockchain: o que é, como funciona e quais são as aplicações. TecMundo, 11 abr. 2021. Disponível: https://www.tecmundo.com.br/mercado/215214-blockchain-funciona-aplicacoe.... Acesso em: 28 jul. 2022.

5 REDAÇÃO INFOMONEY. O que é blockchain? Conheça a tecnologia que torna as transações com criptos possíveis. InfoMoney, s.d. Disponível: https://www.infomoney.com.br/guias/blockchain/. Acesso em: 4 ago. 2022.

6 Idemibidem.

7 SETTI, Rennan; SORIMA NETO, João. Criptoverso: metrópoles de todo o mundo se abrem para o blockchain. O Globo, 14 fev. 2022. Economia. Disponível: https://oglobo.globo.com/economia/investimentos/criptoverso-metropoles-d.... Acesso em: 28 jul. 2022.

8 REDAÇÃO ITFORUM E COMPUTERWORLD/UK. 20 usos práticos do Blockchain, dos suprimentos à gestão do patrimônio. ItForum, 9 jan. 2019. Notícias. Disponível em: https://itforum.com.br/noticias/20-usos-praticos-do-blockchain-dos-supri.... Acesso em: 4 ago. 2022.

9 HENRIQUE, João. Descubra as 7 principais aplicações do blockchain e seu funcionamento. Voitto, 12 mar. 2021. Blog. Disponível em: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/aplicacoes-do-blockchain. Acesso em: 4 ago. 2022.

Ver palavras anteriores