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Escola e Vida

 

Mesmo com a crise que ameaça os nossos empregos, fruto da instabilidade mundial, é preciso confiar no futuro e preparar os jovens para o início da vida profissional. Ninguém imagina que as dificuldades durarão para sempre, por mais pessimista que seja o interlocutor. O CIEE/Rio se recupera das baixas previstas – e sob esse aspecto o estágio cumpre um papel fundamental, hoje felizmente bem compreendido pela sociedade brasileira.


No livro “Da escola para a vida”, que acaba de ser lançado, todos esses aspectos são analisados com muita propriedade e o otimismo é tão grande que a obra conclui com a edição de um bem elaborado “Guia de Profissões”, onde estão listadas as melhores oportunidades de emprego, no Estado do Rio de Janeiro.


Há dicas sobre como criar um ambiente para estudar sozinho, técnicas de administração do tempo e como pesquisar com eficiência. Questões como compatibilizar o estudo com o trabalho também são abordadas, assim como aspectos relevantes da nova Lei do Estágio, que está para ser regulamentada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Tudo parece, à primeira vista, muito simples, mas às vezes o que nos falta é exatamente esse bom senso, para que sejam extraídas lições das boas e más experiências de vida. No caso, sabe-se que os jovens se adaptam mais facilmente às inovações. Alguns especialistas atribuem essa qualidade à juventude dos seus neurônios, tese com a qual os mais velhos, naturalmente, não concordam. As necessidades profissionais são sempre renovadas, ainda mais em tempos de turbulência econômica.


O que se destaca, na obra mencionada, é a insistência na criatividade dos jovens. “Conheça bem o mercado de atuação, para que vejam com mais nitidez as oportunidades de trabalho.” Para isso, é fundamental estar sempre muito bem informado – e não agir por palpite ou de orelhada. Apurar, pesquisar, visitar, ler – são conselhos fundamentais.


Aborda-se também o aspecto do aconselhamento vocacional, pertinente quando se considera o caso dos aprendizes, jovens de 14 anos de idade em diante (os aprendizes podem chegar aos 24 anos incompletos). É uma área em que se vislumbra uma enorme possibilidade de crescimento, sentimos isso. O que os jovens precisam entender é que depende deles mesmos o seu futuro. Não se concebe, com as nossas dificuldades econômicas, que alguns jovens entrem em determinado curso e, depois de um ou dois anos de frequência, com penosos pagamentos (na escola particular), concluam que se equivocaram na escolha. Têm que recomeçar praticamente do zero. Perda de tempo e de dinheiro, direta e indiretamente.


Há vantagens para o empresário, no sistema vigente de estágios? Nem há dúvida, pois findo o prazo de dois anos e concluído o curso, o jovem poderá ser contratado, dando início efetivo a uma vida profissional que poderá se prolongar por muitos anos. Recomenda-se, pois, a leitura do livro “Da escola para a vida”, em boa hora lançado pelo CIEE/Rio (Editora Altadena).


Jornal do Commercio (RJ), 20/3/2009