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Recessão americana

 

O Fed nos EUA afirma que aquele país pode ter retração no mercado neste semestre. A notícia não é nada animadora. Ao contrário, é desanimadora, pois uma recessão americana que abarcará a nação inteira vai impor recessões no resto do mundo, obrigando as nações dependentes dos EUA, e são todas, a cortes de despesas que se refletirão no emprego e no consumo de bens diários. Não é o que interessa, nem é o que podemos fazer para conter a recessão americana. Mas é o que pode acontecer, diante da garantia de retração afirmada pelo Fed.


Temos dito e repetido nesta coluna que a economia americana comanda a economia mundial, e como tal, comanda a economia de cada nação. Partindo de Washington diretivas políticas que só são aceitáveis em casos especiais, como a crise americana atual, obriga o país a tomar providências inimagináveis em uma situação comum.


Temos ainda muita energia para construir uma obra de defesa para nossos interesses econômicos em relação aos EUA, mas há um limite para nossa capacidade de nos defender, ficando a parte principal das diretrizes econômicas financeiras nas mãos dos americanos. Eles só poderão agir de uma maneira, a que preserve o seu país em crises mais graves.


Falamos essas palavras no sentido amplo do seu alcance para advertir todos os nossos leitores sobre a importância da economia americana em relação à economia de cada nação que com ela tenha relações. A crise de 1929 teve seqüelas muito maiores do que se pode imaginar, e de uma dimensão maior que a atual. Agora, o Fed está usando os instrumentos de que dispõe.


Foi impossível deter o papel que os EUA estão desempenhando, mas esta é a realidade: uma recessão americana é uma recessão em todo o mundo.


Por isso devemos ficar alertados, antes que o mal aconteça e não possamos nos defender.


São essas as considerações sobre o aviso do Fed, o banco central americano.


Diário do Comércio (SP) 7/4/2008