Os portos estiveram fechados no período colonial, mas agora é por motivo de greve dos auditores fiscais.
Essa greve afeta diretamente o abastecimento do mercado e gêneros para atender aos consumidores, o que afeta profundamente a receita do comércio e da indústria de produtos de consumo geral.
A indústria e o comércio decidiram que irão à Justiça para a abertura dos portos, já deveriam ter feito esse ato que é fundamental para a sobrevivência de numerosas empresas ligadas ao comércio e gêneros da primeira necessidade de consumo farto dos mercados da Capital e do interior.
Segundo a informação veiculada pelo Diário do Comércio , já são numerosos os sinais de congestionamento no porto de Santos com reflexos na economia nacional, diante da importância daquele terminal.
Os portos são fundamentais para o funcionamento das indústrias deles dependentes, não se justifica o fechamento dos portos por uma greve dos auditores fiscais da Receita Federal. As entidades de classes já se preparam para recorrer ao seu recurso expresso da Justiça Federal que está agora com a palavra, tomando a decisão que convém ao comércio e indústria de São Paulo e do Brasil. Enquanto estiverem fechados os portos, fecha-se a porta de entrada de mercadorias que abastecem o comércio de São Paulo e milhões de bocas que comem os produtos importados, dando movimento ao comércio e indústria.
A paralisação do comércio e da indústria em conseqüência desta greve irá afetar também o lado humano do movimento senhorial na conduta das obrigações trabalhistas e que não podem ser executadas plenamente em virtude da paralisação dos portos.
Esse é um dado importante da questão, pois priva do direito ao trabalho, de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), milhares de trabalhadores que não têm direito a liberar mercadorias que são essenciais ao comércio e indústria de gêneros de primeira, segunda e terceira necessidades.
A indústria e o comércio já fizeram tudo o que poderiam fazer para obter a abertura, agora resta a palavra da Justiça e a sua solução que não se discute, mas se acata.
Diário do Comércio (SP) 4/4/2008