O mestre pediu aos seus discípulos que conseguissem comida. Os discípulos voltaram para encontrar o mestre no fim daquela tarde. Cada um deles trazia consigo um pouco dos alimentos obtidos pela caridade alheia: frutas podres, pães duros, vinho azedo... Um dos discípulos, porém, trazia uma sacola repleta de maçãs maduras.
“Farei sempre todo o possível para ajudar meu mestre e meus irmãos”, disse ele, dividindo as maçãs. “Onde é que você conseguiu arranjar isto?”, perguntou o mestre, surpreso. “Tive que roubá-las”, respondeu o discípulo. “Fiz isso porque só queriam me dar alimentos velhos, mesmo sabendo que pregamos a palavra de Deus”. “Então vá embora com as maçãs”, disse o mestre. “O que rouba por mim terminará roubando de mim”.
Extra (RJ) 27/1/2008
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