Para citar um único caso que o governo não dá solução, cito o desmatamento da Amazônia. Já foram desmatados mais de 3.233 km quadrados de mata virgem só no final do ano passado sem que o governo tomasse conhecimento dos vândalos que ocuparam aquele território para destruí-lo em nome da economia.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quer mais dedicação política dos ministros. Ele já tem uma candidata pronta para ser lançada que é a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que demonstrou no cargo suas qualidades burocráticas e de inspeção de outras Pastas, atenta ao que fazem do seu tempo e da sua administração os que integram o conjunto governamental.
A ministra Dilma Rousseff está bem preparada para ser a sucessora de Lula no governo. Atualmente, a mulher está na moda, veja-se o caso da Argentina e do Chile com as suas presidentes Cristina Kirchner e Michelle Bachelet, que estão dando muito bem conta do recado, apesar das dificuldades enfrentadas por seus países.
A política sempre foi um negócio de homens. O Brasil, por exemplo, não teve nenhuma mulher candidata à presidência da República, mas isso não quer dizer que não pode vir a ter. Capacidade não falta, embora seja uma tarefa que exorbita a capacidade feminina para os conchavos políticos e os ardis administrativos.
Aexperiência tem demonstrado que os homens na presidência ou nos governos dos Estados malogram por descuido diante dos problemas que têm para resolver, como o do desmatamento da Amazônia.
Os ministros são, na verdade, cabos eleitorais de grande categoria. Como foi Alexandre Marcondes Filho, ministro do governo Vargas, feito Senador como recompensa às suas habilidades políticas que vinham desde o velho PRP.
Os ministros têm influência grande na máquina do governo. É saber aproveitá-los como parece estar querendo fazer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que receberá o troco aumentado pelos ministros. A política é uma arte de combinações, e fazem parte dela: Antônio Carlos, Cirilo Júnior, Pedro Aleixo, Tancredo Neves e outros que me dispensam em citar. Enfim, não é descabido considerar os ministros cabos eleitorais a serviço do presidente. É o que está fazendo o presidente Lula.
Diário do Comércio (SP) 29/1/2008