Certa vez caminhava com meu mestre e ele dizia: “Olha ali uma bromélia!”. Mas os meus olhos não estavam nem um pouco acostumados ao milagre das coisas pequenas. Tudo que via diante de mim era uma grande confusão de plantas juntas. E nada mais além disso. Aos poucos, com meu mestre, aprendi a educar a minha vista e buscar a planta que eu quero ver. E o mesmo também se passa e acontece com os Sinais de Deus. Só um olho muito bem treinado consegue enxergá-los. “O tolo não vê a mesma árvore que o sábio vê”, falava William Blake.
Extra (RJ) 15/11/2007
Extra (RJ), 15/11/2007