O nosso DC , numa reportagem sobre o desastre aéreo com o avião da TAM, levantou a questão da fobia que muitas pessoas sofrem por medo de voar em companhias que não oferecem segurança. O assunto é oportuno e grave, muito grave, pois necessitamos (mais do que qualquer outro país) do transporte aéreo, que encurta nossas distâncias e põe o viajante em contato com o seu objetivo numa viagem que se faz em algumas horas. O assunto é urgente, embora saibamos que no Brasil temas assim caem esquecidos logo que passe o furor causado pela tragédia. Muitos problemas seriam levantados em conseqüência deste acidente aéreo, mas os estudos vão ficando para outra oportunidade, quando novo acidente aéreo provocar outra vez interesse por problemas já levantados e não solucionados pela preguiça brasileira. Os mortos serão chorados, as missas serão rezadas e o esquecimento paira sobre o passado como um véu fúnebre, a afastá-lo das preocupações presentes.
Evidentemente, o avião é um meio de transporte seguro, mas não é tão seguro como desejam os passageiros. Se formos às estatísticas, ficaremos sabendo que o número de vidas salvas no transporte aéreos foi enorme em relação às perdidas. Em nossa opinião, não há o que fazer, senão aprimorar a fiscalização, cuidar melhor dos controladores de vôo e da inspeção nas peças principais dos aviões, como é o caso do reverso do Airbus.
Tudo são considerações à margem do horrendo desastre aéreo da semana passada, em que se articularam várias fases das operações com aviões em aterrissagem, aviões com defeitos e pilotos não tão experientes assim para as situações de emergência como as que ocorreram, e outros fatores que concorreram para vitimar as quase duas centenas de passageiros.
A aviação comercial é um prêmio do mundo moderno. Vamos melhorá-la, ajudando o governo e as companhias aéreas.
Diário do Comércio (SP) 24/7/2007