O Brasil necessita, evidentemente, de uma reforma profunda, que abale as colunas da Nação.
Leio sobre a reforma política há muitos e muitos anos, e o que observo é que o Legislativo tem agora a oportunidade de escolher o melhor regime para o Brasil. Estamos frente a uma nova reforma, mas o que se deduz através dos vários meios de comunicação é que tudo ficará na mesma, com o mesmo sistema eleitoral, os instrumentos de Estado sem reforma e a repartição de rendas também mal distribuída. O título dado a matéria sobre o assunto pelo DC nos confirma a realidade. Teremos um projeto Frankenstein.
É o que nós, nesta coluna, não queremos. Não queremos um projeto monstruoso, mas sim um projeto moderno, fácil de ser executado e pronto para ser absorvido pelas novas classes etárias que entram para o comércio e a indústria ou na disputa oratória dos cargos de mandato. É o bem comum que está em jogo; todo ele se dirige às novas gerações, que serão obrigadas a querer o melhor para seus familiares e amigos.
A reforma política vem de longe. Desde o início do atual regime político as reformas foram mínimas, com exceção da reforma parlamentarista, que durou pouco. Logo veio o plebiscito e com ele a decisão coletiva de continuarmos na mesma. Quer dizer, a República deixou de ser um Frankenstein, mas voltou a ser o que era logo que o plebiscito foi apurado. dando ganho de causa à Velha República de sempre.
Evidentemente, o Brasil necessita de uma reforma profunda que abale as colunas da nação, conservando a democracia e o regime eleitoral num novo regime tributário, para união dos Estados e municípios. A finalidade partidária opera no alto do poder para toda a Nação, pois sem partidos não há democracia. Enfim, uma reforma que vá do começo ao fim naquilo do que a Nação necessita para si e para os seus súditos. A conversação vai longa, mas isso é, em síntese, o que temos a dizer.
Diário do Comércio (SP) 20/6/2007