O homem contemporâneo tem a liberdade de escolher o que melhor lhe convém. Nós já escolhemos a democracia e nos encontramos muito bem à sua sombra.
Apolítica é o estudo do governo da nação pelo Estado. A maneira como ele é realizado é que dá uma nota pedagógica ao estudo da política, que pode ser zero, como foi a União Soviética, que esqueceu-se totalmente do bem comum, ou como na Inglaterra, que montou uma fileira de provisões que deram conforto ao cidadão comum da Merry Albion, terra que já dominou o mundo. Governar é arte de edificar o bem comum para os cidadãos que estão sob uma bandeira nacional. Esse palio do amor à terra é bem definido pelos imigrantes, que se lembram da terra que perderam.
O mundo está totalmente nas mãos dos políticos, alguns muito bem preparados, como os franceses, americanos, ingleses, alemães e espanhóis. De outro lado estão os que atrasaram a corrida do desenvolvimento e do justo conviver, próprio das democracias. Tem sido perseguida por toda a Terra a democracia, como ideal de convivência humana entre os povos. Esse ideal não foi alcançado até hoje senão, parcialmente, na Grécia e na Suíça, para citar dois pontos extremos e absolutos na oferta de benemerências para o cidadão. Vem variando pouco a sorte dos homens sobre os regimes políticos em que nascem, vivem e morrem.
A política é a ciência que tem que aliviar o peso das ações muito fortes para dar lugar às ações libertadoras que tornam a vida menos infeliz. Nesse momento temos na Terra a democracia, o socialismo marxista, o socialismo de Mao Tsé-tung e alguns outros ainda ligados à velha União Soviética, que já caiu e desapareceu. O homem contemporâneo tem, portanto, a liberdade de escolher o que melhor lhe convém. Mas nós, e os que nos acompanham, já escolhemos há muito a democracia e nos encontramos muito bem à sua sombra.
Diário do comércio (SP) 4/5/2007