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Outra missão cumprida

 

Experimentamos, na busca do contato direto com professores e alunos do sistema estadual de educação do Rio de Janeiro, duas sensações distintas: a primeira, de 1979 a 1983, quando por quatro anos integramos o Governo Chagas Freitas; a segunda, por nove meses, quando fizemos parte do Governo Rosinha Garotinho. É claro que o tempo de permanência nos cargos influiu de modo decisivo em ambas as performances. No primeiro caso, inauguramos 88 escolas; no caso mais recente, com incríveis dificuldades financeiras, não passamos de oito, embora 18 tenham praticamente ficado prontas para ser reinauguradas.


Hoje, não falta nenhuma vaga no sistema. Todos têm acesso à escola. Há uma previsão de que faltarão professores, mas todas as escolas estão abastecidas dos mestres necessários. O problema é que é grande o número dos que se aposentam, precisando da reposição que se faz via concurso público de títulos e provas.


Não foi possível, em tão curto espaço de tempo, pagar melhor aos professores ativos e inativos. Deixamos um plano completo de cargos e salários para ser implantado no próximo Governo. Era nossa obrigação, por ser essa a prioridade mais expressiva. Sem esquecer também os funcionários. No conjunto, não recebem aumento efetivo de salários há mais de dez anos. No período Chagas Freitas, houve aumentos de até 1.000%, devolvendo ao Rio de Janeiro a liderança dos Estados que pagavam melhor, por hora-aula, aos membros do magistério motivado.


Tiramos o 1o e o 2o lugar nos exames nacionais do "Prova Brasil", em Português e Matemática, na quarta série, graças ao desempenho de escolas públicas de Trajano de Morais e São Sebastião do Alto. É a isso que chamamos de melhoria da qualidade do ensino.


Recriamos o corredor agrícola, hoje com 14 escolas. Cuidamos do homem do campo de forma inusitada. Inauguramos estabelecimentos de ensino no sistema prisional, em parceria com Astério Pereira dos Santos, que sempre quis oferecer aos presos educação e trabalho, com os seus originais tijolos ecológicos, produzidos pelos próprios internos, a um custo baratíssimo.


Programas diversificados como o Saúde na Escola, o Educação de Trânsito, a Rede Básica de Televisão, Bombeiro-Mirim, a Escola vai ao Teatro, Óculos na Periferia, Computadores nas Escolas de Ensino Médio (441 laboratórios de informática só em nosso período), treinamento intenso de Professores, crescimento das matrículas em todos os graus (temos mais de 750 mil alunos no ensino médio), plena assistência aos municípios, 3 milhões de refeições escolares/dia, sem qualquer tipo de problema, além dos festivais de Ciências e Música Popular Brasileira. Mais poderia ser feito? Duvidamos.


Entregamos ao grupo de transição um novo e mais moderno planejamento da estrutura da SEE/RJ. E o que chamamos de "jóia da coroa": o original do mapa do desenvolvimento econômico/educacional do Rio de Janeiro. Consiste na identificação do grande trabalho de Rosinha Garotinho, na atração de indústrias para o nosso território, com a criação de pólos como o de petróleo e gás, turismo/hotelaria, petroquímico, serviços, telecomunicações, mídia, entretenimento e informática etc.


Mapeamos a localização desses pólos, comparando com as 85 escolas técnicas estaduais existentes, resultando na descoberta de brechas na formação dos recursos humanos que serão necessários. Isso tudo foi revelado, para as providências cabíveis.


Jornal do Commercio (RJ) 8/12/2006