Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos > A marca da energia

A marca da energia

 

Os exemplos são numerosos, sobretudo se considerarmos o que ocorre nos Estados Unidos. As universidades corporativas constituem-se em diversos campos bem diversificados. Elas existem em grandes empresas, como a Coca-Cola, a IBM e a Mc Donald"s. Fruto da existência da Era do Conhecimento, em que a qualidade das instituições universitárias e a diversificação dos serviços educacionais constituem premissa dos novos tempos.



Em nações como a Coréia do Sul, a Índia e a Malásia alteraram-se as leis do país para facilitar a atração de investimentos internacionais, enquanto muitos dos seus alunos beneficiam-se de estudos no exterior, em animado e proveitoso intercâmbio cultural e científico. Em nossa visita à Suffield Academy, na região americana de New England, era comum o encontro com chineses, coreanos e indianos em seus corredores, para temporadas de estudos que depois os devolveriam às origens, atualizando os seus conhecimentos e os levando às suas origens.



Nos tempos de globalização, a educação transformou-se num meganegócio, como atesta o Projeto Erasmus, da União Européia, que apóia a mobilidade de estudantes, professores e pesquisadores, em benefício da nova Era. No Brasil, podemos saudar com entusiasmo a existência das suas primeiras universidades corporativas, como a que acaba de ser criada pela Eletrobrás, por iniciativa do seu presidente Aloísio Vasconcelos.



Preocupada com a perda de profissionais para o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a grande empresa brasileira de energia mobilizou suas forças e fez nascer a UNISE (Universidade Corporativa do Sistema Eletrobrás), com sede no Rio de Janeiro e ramificações em todo o País, nas regiões em que a instituição tem atuação. Vai pautar sua ação na gestão de pessoas em competências para que sejam alcançadas as diretrizes do seu planejamento estratégico, isso com características de realização de um sonho, de apreensão de um estilo corajoso e de olhos postos no futuro, conforme expressão do seu Chanceler.



As empresas do sistema têm naturalmente um capital intelectual que precisa ser enriquecido. Como o processo de aprendizagem deve ser ativo e contínuo, para sempre, busca-se assim a excelência, num dos setores fundamentais do nosso desenvolvimento, utilizando modalidade que empolgou instituições do porte da Caixa Econômica, do Serpro, da Eletronorte, do Banco do Brasil e da Petrobras. Cada uma delas desenvolve a sua experiência, de forma crescente, como se não pudesse mais dispensar o seu uso corporativo. Assim se poderá assegurar, também, o compartilhamento dos saberes, abrindo o vastíssimo e atraente campo internacional, do qual não podemos, por motivos estratégicos, nos afastar.



Para se ter idéia da seriedade do projeto, ele nasce com a possibilidade de emprego de todas as tecnologias disponíveis, videoconferência, internet, ilhas de edição digital, satélite, etc. Os cursos estão sendo programados, inclusive um MBA em Energia. O MEC já foi mobilizado para o estudo da certificação. A marca da energia, que simboliza a existência da Eletrobrás, poderá ser também a marca da educação corporativa. Todos ganharão com isso.


 


Jornal do Commercio (Rio de Janeiro) 23/09/2006

Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), 23/09/2006