Pode a sigla Daslu ser confundida com a denominação de um templo Hindu ou Sumeriano, mas é a sigla de um templo de luxo plantado em São Paulo de Piratinga por empreendedores que acreditam no poderio econômico e financeiro da elite social e econômica da capital, onde coexistem a opulência dos Jardins e do Morumbi com as favelas que balizam a entrada da orgulhosa e legendária capital.
Uma operação-narciso executada pela Polícia Federal fez há meses uma erupção na loja Daslu, mas ao que nos consta nada foi encontrado de irregular. Agora é o Ministério Público que vai investigar os negócios da casa luxuosa.
Para quem não o conhece, diremos que o Ministério Público é uma elite da organização administrativa do Estado, integrado por universitários de conhecimentos amplos da ciências sociais e políticas. Até hoje não fui informado, nas diligências que fiz, de que crimes é acusado o templo do luxo em São Paulo. O que sei dele é que os preços são altos, mas que sua clientela nunca protestou do elevado custo dos artigos vendidos nos seus balcões e oferecidos às suas clientes.
Na economia de mercado, como pretendemos que venha a ser a nossa um dia, quem faz o preço é o vendedor e quem o compra, aceitando-o ou não é o cliente, uma regra que o Conselheiro Acácio não explicaria melhor.
Quer me parecer que está sendo exagerada a importância da Daslu no comércio paulistano, com suas opulentas e ricas clientes. Entendo que é exagerado o que se está fazendo com essa casa de comércio luxuosa.
Diário do Comércio (São Paulo) 12/12/2005