Quem tratou bem do luxo como força propulsora do capitalismo econômico foi o grande historiador alemão Werner Sombart, na sua monumental obra sobre o capitalismo moderno. Quem vai às páginas da história apurar como o historiador demonstrou a influência do luxo no capitalismo, encontra resposta na realidade dessa implicação.
Não encontrei na obra de Karl Marx uma adesão à tese do luxo no capitalismo. Daí a experiência da União Soviética ter sido paupérrima, embotada para a promiscuidade nas habitações coletivas e na vida miserável do povo.
O luxo foi, é e continuará a ser a força do capitalismo, como está provado na extensão da opulência econômica do Estado de São Paulo, cujo desenvolvimento já o colocaria entre os países pertencentes ao G-8. Países que devem muito ao luxo do capitalismo, para comprovar a tese de Sombart, são a França, os Estados Unidos, a Alemanha, a Suíça, a Áustria, a Inglaterra e outros países que me dispenso em relacionar.
É isso o que tenho a dizer, como adendo ao artigo em defesa da Daslu e a precificação dos seus artigos de luxo, pois numa economia de mercado preços exagerados são muitas vezes expulsos da aritmética precificadora, visto que na economia de mercado os preços se ajustam naturalmente, prevalecendo o direito do vendedor de dar à sua mercadoria o valor respectivo.
Diário do Comércio (São Paulo) 14/12/2005