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Estranho fascínio

 

Está em exibição nos cinemas e em DVD um filme para o qual não se previa o assombroso êxito de bilheteria. Esse filme é A Queda - As Últimas Horas de Hitler , um dos três gênios do mal na história, como Stálin e Mussolini. Assisti ao filme no DVD, em minha casa. Achei-o bem feito e bem interpretado.


Conforme os créditos da tela, o seu texto básico foi a biografia escrita por Joachim C. Fest sobre um indivíduo mais ou menos obscuro, de origens não totalmente apuradas, chamado Adolph Hitler, um desses meteoros que surgem e conquistam posições definitivas, praticam o mal, são responsáveis por milhões de mortes e morrem com a reprovação da humanidade.


Como se ergueu o estranho fascínio de Hitler? Joachim C. Fest define bem o seu personagem mas não esgota o tema, que é, efetivamente inesgotável. Adolph Hitler foi a causa primeira e única da Segunda Guerra.


Quando estudamos o pós-guerra e suas seqüelas, seus problemas e as questões não resolvidas, é que vimos a dimensão imensa do mal que Hitler causou ao mundo, no seu e nos tempos futuros. Quando vemos na grande ou na pequena tela o ator supremo desta tragédia, ficamos surpresos como pôde ele exclusivamente pela palavra e pelo diabólico talento publicitário conquistar a Alemanha, dobrá-la às suas ambições e levá-la à guerra.


A Alemanha de Gonzague De Reinold é técnica e romântica, pois o romantismo nasceu lá. E o início do nazismo e seu apogeu foi uma explosão romântica que impregnou a maioria do povo alemão.


O epílogo deste surto de romantismo e de tecnologia bélica podemos ver no filme A Queda - As Últimas Horas de Hitler , verdadeiramente impressionante.




Diário do Comércio (São Paulo) 19/09/2005

Diário do Comércio (São Paulo), 19/09/2005