Atualmente, o jornal Folha Dirigida é uma referência para professores e todos aqueles envolvidos ou interessados em educação. O maior responsável por isso é Adolfo Martins.
No início das nossas vidas profissionais, ele no “Diário de Notícias” e depois no “Jornal dos Sports”, eu na “Manchete” e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, sempre nos encontramos na mesma trincheira de defesa intransigente da educação, como fator prioritário determinante do desenvolvimento econômico e social.
Adolfo, em variados tempos, a partir de uma ação corajosa, abriu espaço para que os educadores expusessem as suas idéias, em artigos de generosas linhas, antes proibidas ao tema instigante.
Ele se considera e ao jornal que tão bem dirige como coadjuvantes orgulhosos e honrados pelo lugar que ocupam no panorama educacional. Penso que têm um papel bem mais relevante.
A Universidade Castelo Branco, em boa hora, outorga-lhe o merecido título de Doutor Honoris Causa. A decisão foi sábia, justa e oportuna. Ele se encontra na flor da maturidade, ainda podendo prestar maiores serviços ao seu Estado (ele nasceu em Araxá, Minas Gerais, mas foi criado no Rio de Janeiro) e ao seu País. E servir de exemplo de homem reto, idealista, íntegro, sonhador incorrigível, não se abatendo com as nossas crises senoidais. Adolfo é um vencedor.
A trajetória percorrida pelo diretor-presidente do Grupo Folha Dirigida foi, é e será sempre marcada pela esperança, aliás condição imprescindível a todos aqueles que vivenciam a educação brasileira.
Conhecedor do ofício de educador, resumiu-o às seguintes palavras: “paixão, sonho, ternura, perseverança, utopia, missão, saber, ideal, fé, humanismo, reflexão, humildade, trabalho, generosidade, crescimento. Mas há uma idéia-matriz, há uma viga mestra que nos impulsiona para a crença indispensável no ser e no vir a ser - é a esperança!”
Adolfo Martins é um grande amigo da categoria do magistério. Qualquer novo profissional da educação que fizer das palavras desse “jornalista-professor” suas diretrizes de trabalho terá, certamente, um bom começo para o sucesso.
Enquanto se fala dos problemas, da falta de interesse e da situação caótica que vive a educação nacional, além do constante abandono da profissão por inúmeros colegas, Adolfo Martins faz a sua parte, informando, apoiando, lutando bravamente, com os meios de que dispõe “por uma educação democrática e verdadeira como trincheira para nossa sobrevivência social.”
Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ) em 05/04/2004