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O Risco-Brasil

 

É uma estatística preciosa o tão falado Risco-Brasil. É a estatística que orienta os investidores de que tanto carecemos e de quem tanto gostamos, pois os investimentos concorrem para o nosso desenvolvimento.


Como tenho dito, o capital é arisco, mais do que um passarinho, e as informações do Brasil que chegam aos escritórios dos grandes investidores são avaliadas segundo critérios diversos, mas, sobretudo, devem garantir a liqüidez dos investimentos ou a retribuição em moeda forte das operações aqui realizadas sobre ordem emanada dos centros de decisão. Evidentemente, quem conhece as estatísticas do Risco-Brasil está farto em saber que há muito de subjetivo na colocação do País em face do risco que correm os investidores nas suas aplicações em papéis brasileiros, inclusive papéis oficiais.


Oque se observa nas variações do Risco-Brasil é que não raro declarações não suficientemente pensadas de autoridades do governo, inclusive do presidente da República, são levadas em consideração e o Risco sobe. Mas, no caso brasileiro, o que temos visto e o que sabemos do Risco-Brasil é que ele tem colaborado para atrair investimentos. Quem analisa o Risco-Brasil detidamente chega à conclusão de que esta estatística colabora para o nosso desenvolvimento, porquanto nem mesmo a crise política intensa e prolongada afugentou como fôra antevisto os investidores de porte grande e de porte médio.


É o que transpira dos centros econômicos, como as associações de classe, as corretoras do mercado de capitais e as turbulências que vão e vêm como as marés, neste estuário de decisões que são as bolsas de valores.


Concluindo, direi que não temo o Risco-Brasil, pois o Brasil está aberto para receber investimentos e retribuí-los segundo o método capitalista, que é o que nos interessa.


 


Diário do Comércio (São Paulo) 01/03/2006

Diário do Comércio (São Paulo), 01/03/2006