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O acordo nuclear

 

O presidente dos EUA, George W. Bush, fez uma feliz viagem à Índia, pois conseguiu assinar com o presidente indiano Manmohan Singh o acordo de limitação das armas nucleares. Depois da bomba atômica jogada pelos EUA sobre Hiroshima e Nagasaki para pôr fim à Segunda Guerra Mundial, outras nações passaram a deter o poder atômico, o chamado "Clube Nuclear" ou Atômico. Seu poder destruidor é extremo, muito maior evidentemente que a bomba que abalou o Japão e o mundo.


Fez bem o presidente Bush em ir à Índia, pois a sua presença é suficiente para atrair adesões às propostas de paz de que é possuidor o mundo, com exceção de alguns marginais de curso internacional que preferem a maldade ao gozo cívico das liberdades fundamentais para a pessoa humana.


Uma nação temível até certo ponto por ser uma ditadura stalinista, a Coréia do Norte já compreendeu pelo seu governo que a energia atômica deve ser conservada com o maior cuidado, em segurança máxima, para evitar que a tentação do poderio mundial possa levar algum chefe de Estado a lançar mão de uma bomba para amedrontar supostos adversários.


O mundo depende de uma concordância abrangente, de todas as classes, de todos os países, de que não haja em hipótese alguma dissensões no Clube Atômico, afim de que a paz tão duramente conseguida e conservada, e nem completa ainda, se estenda mais, para abranger acidentes belicosos como os de Israel, e seja assegurado um longo período de paz, quando a humanidade será posta em movimento para alcançar o desenvolvimento sustentável que poderá reduzir as dimensões da pobreza.


Saudemos o gesto e a ação do presidente Bush e a concordância do governo indiano. Um sinal positivo para a paz.


 


Diário do Comércio (São Paulo) 09/03/2006

Diário do Comércio (São Paulo), 09/03/2006