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A magia do livro

 

O papel do professor mudou. Além da preocupação com conteúdos ele tem por obrigação educar cidadãos capazes de pensar, criticar e construir as suas próprias vidas, numa sociedade cada vez mais complexa.


Vivemos o tempo em que o professor não é mais o único detentor do saber.


Hoje, devemos ser guias, consultores, orientadores da aprendizagem, apoiando, acompanhando o trabalho da turma e introduzindo os ajustes necessários ao alcance pleno dos objetivos planejados.


Vocês já pararam para pensar que temos uma nova responsabilidade junto ao alunado? Precisamos ajudá-lo a compreender, e dar sentido ao volume de informações que recebemos diariamente das mais variadas fontes: TV a cabo, internet, além dos tradicionais rádio, TV, jornais e revistas.


Hoje, os livros didáticos são menos considerados do que há 30 anos. Os recursos para comprá-los são escassos, ou os jovens não aprenderam a descobrir e desenvolver o gosto pela leitura, pois já têm uma gama de informações tão grande que dispensam descobrir a maravilhosa magia que se encontra dentro de um livro.


O professor precisa não só acompanhar os fatos atuais, mas desenvolver, ele próprio, conhecimentos científicos e lingüísticos que lhe dêem meios para analisar, interpretar e criticar para orientar os alunos a selecionar as numerosas informações que lhes chegam.


A modernidade não exclui as etapas essenciais de planejamento, desenvolvimento e execução, avaliação e reestruturação do que foi detectado negativamente. Isso sem esquecermos do famoso jargão de que todo planejamento precisa ser flexível, isto é, mutável a qualquer momento, durante o processo.


Na educação atual, compatível com toda a tecnologia e desenvolvimento conhecidos, os pais, os familiares e a comunidade, são também atores do processo educacional, cada um assumindo seu próprio papel tanto na escola quanto na comunidade.


Cada escola tem uma história, peculiaridades e identidade diferentes. É impossível, por exemplo, tentar unificar o tratamento dado a uma clientela estudantil do litoral nordestino, que vive num clima em que há sol os 365 dias do ano com uma clientela de alunos da região Sul, onde o frio pode, até, mudar o horário do início das atividades escolares.


Não deve haver qualquer preocupação dos gestores do ensino em relação à supremacia da escola, pois ela jamais perderá o seu lugar, enquanto tiver bem demarcada a separação entre as suas atribuições e as da comunidade. O importante é que o aluno ame a escola e seja por ela amado. Nessa troca é que reside o êxito do processo.


A integração com a comunidade é uma conquista, um objetivo que deve ser perseguido por todos aqueles que atuam de alguma maneira na escola. É essencial a criação de ambientes culturais diversificados, que contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social, levando à compreensão de todos os fatores que se expressam no ambiente escolar, quer sejam eles políticos, sociais, culturais ou psicológicos.


A educação dada na escola é sistemática, planejada e continuada, para uma clientela de crianças, adolescentes, jovens ou adultos, durante um período contínuo (ano letivo), em que todos os protagonistas envolvidos no processo estão marcados pelos seus direitos e deveres, citados na hierarquia organizacional do sistema.




Jornal do Commercio (Rio de Janeiro) 12/03/2006

Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), 12/03/2006