Heloisa Buarque de Hollanda está mudando de nome. Não quer mais ser conhecida pelo sobrenome do falecido marido. A escritora, pesquisadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) agora vai se chamar Heloisa Teixeira, alcunha materna.
Embalada pelo lema “meu corpo, minhas regras”, uma das maiores pensadoras do feminismo brasileiro já até tatuou o novo nome nas costas. Cena devidamente registrada pela cineasta Roberta Canuto, que finaliza documentário sobre o processo.
Batizado de “O nascimento de H. Teixeira”, o filme tem produção de Clélia Bessa, amiga de longa data da protagonista, e se debruça sobre vida e obra da intelectual, que se confundem com a História da cultura brasileira.
Na entrevista abaixo, a professora que aproximou o mundo acadêmico da periferia com o projeto Universidade das Quebradas, afirma que, ao acolher o sobrenome da mãe, busca homenagear uma mulher cuja "potência feminina foi oprimida" pelo patriarcado.
Sempre farol ao antecipar comportamentos da sociedade, Helô reflete também sobre “uma nova velhice que está sendo inventada”. Fala ainda dos novos livros que está escrevendo e de sua posse na Academia Brasileira de Letras (ABL), no próximo dia 28.
Confira a entrevista do jornal o Globo na íntegra: https://oglobo.globo.com/cultura/noticia/2023/07/17/nao-vou-morrer-heloisa-buarque-de-hollanda-diz-uma-das-maiores-pensadoras-do-feminismo-brasileiro-que-nao-quer-mais-ser-reconhecida-pelo-sobrenome-do-marido.ghtml
17/07/2023