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ABL realiza mesa-redonda sobre as perguntas que o Brasil ainda precisa responder

 

Será realizada na próxima quinta-feira (13) a segunda mesa-redonda do ciclo "As perguntas que o Brasil deve responder". O evento, coordenado pela Acadêmica e escritora Rosiska Darcy de Oliveira, será realizado no Teatro R. Magalhães Jr., às 17h30, e contará com a participação do Acadêmico Geraldo Carneiro, do escritor e cientista político Sérgio Abranches e da atriz e diretora Bia Lessa.

Mais uma vez, o público poderá participar enviando perguntas. A ABL fará uma compilação dos principais temas levantados para serem abordados pelos debatedores.

A primeira mesa-redonda foi realizada no dia 1º de junho, quando foram abordadas as questões prioritárias que o Brasil precisa responder. Participaram da mesa a Acadêmica Rosiska Darcy, os Acadêmicos Gilberto Gil, Eduardo Giannetti e o jornalista Eugênio Bucci. Os quatro conversaram e tentaram entender as prioridades do Brasil para que ele dê certo.

Segundo Eduardo Giannetti, a nossa desigualdade distorce o poder da imaginação do brasileiro, porque aqueles que o têm, o dinheiro se torna uma fonte de poder e de ascendência desproporcional porque compra o trabalho dos outros por nada. "E essa desigualdade distorce o poder da imaginação dos que não o têm, porque cria a ilusão de que o dinheiro resolverá todos os problemas e que a melhor coisa da vida será ganhá-lo", explica Giannetti.

Para Eugênio Bucci, a questão da democracia precisa ser equacionada no plano material e no plano de ordem do simbólico.

"No plano material, o Brasil precisa saber fazer com que a democracia traga vantagem real para cada pessoa. A democracia não pode ser apenas aquela cena que a gente vê de longe, em que os deputados podem falar tudo que eles querem. A democracia precisa se traduzir em equidade, no acesso à matéria que torna a vida digna. Mas essa questão traz um risco que se resolve no plano do simbólico. A democracia precisa ser respondida como uma forma, instituição, rito, processo, protocolo. Em nome do atendimento a direitos, nós não podemos atropelar a saúde forma da democracia e esse é o ponto mais sombrio da nossa experiência recente. Se a forma não estiver preservada, a matéria não vai se resolver", acrescenta Bucci.

A mesa-redonda também servirá como instrumento de pauta para as próximas edições da Revista Brasileira, identificando o que é importante para o Brasil e para a ABL, que é fator de cultura, com seus 125 anos.

11/07/2023