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economia prateada

Classe gramatical: 
loc. subst.
Definição: 

Conjunto de atividades econômicas voltadas para atender às preferências, demandas e necessidades da população mais velha, especialmente aquela acima de sessenta anos de idade.

[Também denominada economia da longevidade ou economia grisalha.]

Exemplos de uso: 

“A economia prateada – o termo refere-se ao grisalho dos cabelos dos idosos – é definida da seguinte maneira pela União Europeia: ‘Economia prateada é a parte da economia que é relevante para as necessidades e demandas dos idosos.’ Também conhecida como economia da longevidade, ela é a soma de todas as atividades econômicas que atendem às necessidades de pessoas com 50 anos ou mais, incluindo os produtos e serviços adquiridos por eles e a consequente atividade econômica que esses gastos geram.”1

“Apenas entre 2012 e 2021, 12,2 milhões de brasileiros ingressaram no grupo de pessoas com 60 anos ou mais. A expectativa é de que esse crescimento seja ainda mais acelerado nos próximos anos, com o maior envelhecimento da população brasileira. Hoje, esse grupo soma mais de 37 milhões de pessoas. Mas, apesar do crescimento, essa população não tem sido atendida de forma satisfatória, diz o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Wilson Poit. Hoje, afirma ele, a chamada ‘economia prateada’ já movimenta R$ 1,6 trilhão por ano. Mas o valor poderia ser maior. ‘Notamos que as empresas no Brasil ainda têm uma cultura muito baseada no culto à juventude, no comercial de TV, na propaganda ou nas mídias sociais’, afirma.”2

“Marcas como a Amazon, por meio da venda da assistente de voz Alexa, Nubank e Trekker foram mapeadas pelo FDC Longevidade entre as que lucraram com o público sênior. Até mesmo grandes nomes que, de início, voltavam esforços para os mais jovens notaram a importância dos indivíduos mais velhos. É o caso do Airbnb, que comprovou o grande potencial de super-hosts maduros na plataforma, uma vez que são eles que recebem as melhores avaliações no serviço. Mesmo que liderados majoritariamente por jovens, os unicórnios estão desenvolvendo soluções para pessoas com 60 anos ou mais, com foco em tecnologia de ponta e design. As principais invenções das startups envolvem desde artifícios para a redução da solidão entre o público prateado até gadgets que solucionam problemas do dia a dia com maior facilidade e eficiência. A inovação também é um ponto chave quando o assunto é o envelhecimento dos consumidores. A Pipe Social apurou dados sobre o mercado, suas dimensões dos negócios, potencial de inovação, impacto social e perfil do empreendedor à frente das soluções para os desafios do envelhecimento – mapeando 343 negócios voltados para atender o segmento da economia prateada. As informações indicam que a maior parte das iniciativas é voltada a soluções para o Cuidado e Gestão do Cuidado para o público mais velho, ocupando 40% e 22% dos empreendimentos consultados, respectivamente.”3

“Saúde, bem-estar e habitação sénior. Estes são os três pilares do investimento na chamada ‘economia prateada’, que abrange uma larga fatia da população portuguesa mas também mundial. Com a transição demográfica – o mundo está a envelhecer –, as empresas apontam agulhas para negócios focados na terceira idade. A saúde ocupa uma importante fatia da inovação associada ao envelhecimento. Mas o negócio da longevidade é mais do que a soma das partes: a AARP (Associação Americana de Pessoas Reformadas, na tradução livre) estima que a economia da longevidade valha algo como €9 mil milhões, esperando-se que em 2050 atinja os €30 mil milhões. Os números não espantam o professor da Faculdade de Economia do Porto (FEP) Eduardo Oliveira, que dá nota de um primeiro investimento nesta área, em turismo, em Portugal. ‘Foi por aqui que começaram os primeiros investimentos na longevidade. E não estou a falar de turismo de saúde, mas do turismo vocacionado para a terceira idade’, ressalva. ‘Quanto ao investimento na qualidade de vida dos seniores, sobre como tornar as cidades mais amigáveis da mobilidade reduzida, tenho dúvidas. Ainda assim, julgo que estamos no caminho certo.’”4

“‘[...] Todas as áreas de trabalho têm que se adaptar, desde quem faz roupa até quem faz um trabalho supertecnológico e projeta as cidades inteligentes’, explica Layla Vallias, cofundadora da Hype50+ e especialista em economia prateada. [...] A arquiteta Flavia Ranieri é um exemplo de quem já se encontrou neste mercado. A partir de um tombo da mãe em casa há alguns anos, começou a buscar soluções para tornar a residência dos pais mais segura, mas viu que o mercado era restrito a produtos e serviços ligados a hospitais e doenças e pouco dedicado ao envelhecimento ativo. A partir daí, fez um curso de gerontologia – era a única aluna fora da área de saúde – e hoje trabalha com projetos de arquitetura para quem quer adaptar a casa, empreendimentos residenciais para este público e instituições de longa permanência.”5

1 JOKURA, Tiago. O que é economia prateada? Net Zero, 28 out. 2022. Projeto Draft. Disponível em: https://netzero.projetodraft.com/o-que-e-economia-prateada/. Acesso em: 23 nov. 2022.

2 ESTADÃO CONTEÚDO. ‘A economia prateada já move R$ 1,6 trilhão por ano’. IstoÉ Dinheiro, 20 dez. 2021. Economia. Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/a-economia-prateada-ja-move-r-16-trilha.... Acesso em: 23 nov. 2022.

3 ORÉFICE, Giovana. Economia prateada: a ascensão do mercado com foco no público sênior. Pequenas Empresas & Grandes Negócios, 12 nov. 2020. Disponível em: https://revistapegn.globo.com/Negocios/noticia/2020/11/economia-prateada.... Acesso em: 23 nov. 2022.

4 RITO, André. Quanto vale o negócio da ‘economia prateada’. Expresso, 28 out. 2022. Longevidade. Disponível em: https://expresso.pt/longevidade/2022-10-28-Quanto-vale-o-negocio-da-econ.... Acesso em: 24 nov. 2022.

5 CARNEIRO, Lucianne. Novas profissões olham para o potencial da economia prateada. Valor Econômico, 29 mar. 2021. Carreira. Disponível em: https://valor.globo.com/carreira/noticia/2021/03/29/novas-profissoes-olh.... Acesso em: 24 nov. 2022.

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