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Edição comemorativa e ampliada do livro "Gilberto Gil - Todas as letras" será lançada na Academia Brasileira de Letras

 

A Academia Brasileira de Letras promoveu o lançamento da edição comemorativa e ampliada do livro "Gilberto Gil - Todas as letras" na segunda-feira, dia 29 de agosto, às 17h, no Teatro R. Magalhães Jr. O evento foi aberto ao público, mediante à inscrição, e contou com uma mesa redonda com a presença do Acadêmico, cantor e compositor Gilberto Gil e do organizador, o compositor e escritor Carlos Rennó. 

A obra é uma edição atualizada da Companhia das Letras e faz parte das comemorações dos 80 anos de vida de Gil e dos 60 anos de carreira do artista, já que suas primeiras gravações foram feitas em 1962, na Bahia. Com organização do compositor e escritor Carlos Rennó, ilustrações inéditas de Alberto Pitta e textos de Arnaldo Antunes e José Miguel Wisnik, o livro reúne canções compostas por Gil, uma cronologia e centenas de comentários do autor a respeito de suas composições. Foi lançado originalmente em outubro de 1996 e organizado por Carlos Rennó. Em 2003, foi reposto em catálogo em segunda edição revista e organizada pelo mesmo autor.

O ACADÊMICO

Gilberto Gil ocupa a Cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras. Iniciou sua carreira no acordeon, ainda nos anos 50, inspirado por Luiz Gonzaga, pelo som do rádio e pela sonoridade do Nordeste. Com a ascensão da bossa nova, Gil deixa de lado o acordeon e empunha o violão, e em seguida a guitarra elétrica, que abriga as harmonias particulares da sua obra até hoje. Suas canções desde cedo retratavam seu país, e sua musicalidade tomou formas rítmicas e melódicas muito pessoais. Seu primeiro LP, Louvação, lançado em 1967, concentrava sua forma particular de musicar elementos regionais, como nas conhecidas canções Louvação, Procissão, Roda e Viramundo.

Em 1963 inicia com Caetano Veloso uma parceria e um movimento, a tropicália, que contempla e internacionaliza a música, o cinema, as artes plásticas, o teatro e toda a arte brasileira. O movimento gera descontentamento da ditadura vigente, que o considera nocivo à sociedade com seus gestos e criações libertárias, e acaba por exilar os parceiros. O exílio em Londres contribui para a influência do mundo pop na obra de Gil, que grava inclusive um disco em Londres, com canções em português e inglês. Ao retornar ao Brasil, Gil dá continuidade a uma rica produção fonográfica, que dura até os dias de hoje. São ao todo quase 60 discos e em torno de 4 milhões de cópias vendidas, tendo sido premiado com 9 Grammys.

Em 2002, após sua nomeação como Ministro da Cultura, o Acadêmico passa a circular também pelo universo sócio político, ambiental e cultural internacional. No âmbito do Minc, em particular, desenha e implementa novas políticas que vão desde a criação dos Pontos de Cultura até a presença do Brasil em Fóruns, Seminários e Conferências mundo afora, trabalhando temas que vão desde novas tecnologias, direito autoral, cultura e desenvolvimento, diversidade cultural e o lugar dos países do sul do planeta no mundo globalizado. Suas múltiplas atividades vêm sendo reconhecidas por várias nações, que já o nomearam, entre outros, de Artista da Paz pela UNESCO em 1999, Embaixador da FAO, além de condecorações e prêmios diversos, como Légion d’ Honneur da França, Sweden’s Polar Music Prize, entre outros.

 

22/08/2022