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cibersociedade

Classe gramatical: 
s.f.
Definição: 

1. Ambiente virtual composto pelas redes de comunicação e informação dos dispositivos eletrônicos com acesso à internet, no qual os indivíduos interagem entre si, seguindo costumes e normas comuns.

2. Conjunto dos indivíduos que se encontram integrados a esse espaço virtual.

Exemplos de uso: 

“Mesmo que não se tenha toda a sociedade brasileira incluída nesse processo de utilização ativa das tecnologias de rede, pela sua potência e abrangência atual pode-se dizer que vivemos em uma cibersociedade. Para se ter noção do quanto esse ponto vem ganhando relevância, há dados estatísticos do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) que demonstram que a classe C brasileira deu um salto de informatização nos últimos nove anos, tendo o percentual de domicílios com acesso à internet aumentado de 11% em 2005 para 48% em 2014. Os dados acerca da média da população brasileira representam uma mudança parecida: de 18% em 2008 para 43% em 2013 (CETIC.BR, 2015).”1

“O conceito de cibersociedade está diretamente relacionado ao próprio conceito de cibercultura. Sendo essa a área que estuda os hábitos e rituais que envolvem o uso da tecnologia, a cibersociedade se relaciona diretamente, podendo ser entendida como o tipo de sociedade construída a partir do advento da cibercultura e também a sociedade criada dentro dos ciberespaços, nos meios digitais. Conceituando cibersociedade, pode-se dizer que corresponde a um espaço invisível e social desenvolvido a partir do virtual. Uma sociedade que vive em torno das máquinas necessita dela para a maioria de suas atividades.”2

“A informatização geral da sociedade capitalista é uma tendência avassaladora que marca o século XXI, levando à generalização de um tipo de sociabilidade centrado na comunicação eletronicamente mediada. Software, hardware, sites, cibersociedade, cibercultura, bits configuram a existência do digital, do tempo real, dos hipertextos conformando um mundo eletrônico, instituintes do processo de mundialização financeira, articulando as diferentes e longínquas sociedades em rede. Tais elementos definem o tempo presente indicando deslocamentos operados a partir da crescente presença das Tecnologias da Informação e da Comunicação, na esteira produtiva invadindo o cotidiano dos sujeitos sociais. Esta nova possibilidade de vida impõe à sociedade e às suas instituições sociais a aquisição de equipamentos, linguagem e conhecimentos específicos, sem os quais a cibersociedade não tem condições de efetivar a sua democracia.”3

“O nascimento da web trouxe à tona a possibilidade de uma potencial cibersociedade e de uma holística e compartilhada cibercultura. A crença nas possibilidades positivas do mundo virtual como um lugar perfeito desmorona tão logo percebemos que muitos aspectos da liberdade possibilitada para empresas e pessoas terminam exacerbando o seu uso e trazendo consequências éticas e grandes problemas sociais. Em grande medida as potencialidades do mundo da web ao [mesmo] tempo que possibilitaram e possibilitam ações sociais locais e globais de caráter positivo e construtivo, também em igual força e vigor possibilitam movimentações mercadológicas controladoras e centralizadoras, assim como a organização de pensamentos perniciosos ao contexto geral para comunidades e sociedades.”4

“O pensador francês Jean Baudrillard é uma das principais referências quanto ao estudo da pós-modernidade, tendo desenvolvido o conceito de hiper-realismo como um estágio da pós-modernidade em que o mundo real é substituído por sua simulação. Apesar desse conceito ter surgido por volta da década de 1970, ainda é bastante pertinente na compreensão de certos aspectos da cibersociedade por estar diretamente relacionada aos simulacros e simulações.”5

 

1 KURTZ, Lahis Pasquali; ROVER, Aires José. Os reflexos da cultura tecnológica na organização do poder judiciário: proposta de estudo à luz dos princípios da publicidade e da eficiência. Revista Direitos Emergentes na Sociedade Global, Santa Maria, v. 5, n. 1, p. 122-145, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/REDESG/article/view/25335/pdf_1#.YRQ3IYhKjIU. Acesso em: 11 ago. 2021.

2 COSTA, Mariah. Guia – Cibersociedade. Mariah CostaWordpress, 20 abr. 2016. Disponível em: https://mariahccibercultura.wordpress.com/. Acesso em: 11 ago. 2021.

3 LIMA, Maria de Fátima Monte. Educação e Produção de Conhecimento na Sociedade de Conhecimento na Sociedade da Informação. Revista de Economía Política de las Tecnologías de la Información y Comunicación, vol. 9, n. 1, jan. a abr. 2007. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/eptic/article/view/213/184. Acesso em: 11 ago. 2021.

4 RÊGO, Ana Regina. Controlados, vigiados e manipulados. Acesse Piauí, 6 fev. 2020. Disponível em: https://www.acessepiaui.com.br/ver_coluna2/2820/CONTROLADOS--VIGIADOS-e-.... Acesso em: 12 ago. 2021.

5 VIVIANI, Ana Elisa Antunes. O salto de volta à multidimensionalidade: perspectivas de compreensão do corpo na cibersociedade. 2007. Dissertação (Mestrado) – Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, 2007. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-21072009-163219/.... Acesso em: 12 ago. 2021.

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