Como todo populista, Bolsonaro acha que fazer Copa do Mundo, Copa América e outras competições aqui é bom para a imagem dele, então vai fazer. Os jogos do Brasileirão e da Libertadores estão mostrando que é um perigo ter jogos de futebol. Recentemente, o River Plate teve 20 jogadores contaminados, e um jogador de linha teve que ficar no gol. Mas futebol é negócio e quem vive dele procura todas as maneiras de viabilizá-lo. É como a NBA nos EUA, que está acontecendo, mas muito mais organizada e segura do que estamos fazendo. A diferença é que a Copa América vai começar em 10 dias, com 10 seleções de 10 países diferentes. Juntar aqui gente de fora, que eventualmente pode trazer novas cepas, confraternizando com os daqui é uma situação completamente equivocada. Pode-se discutir que o Brasileirão e principalmente a Libertadores não deviam estar acontecendo, com jogadores viajando para outros países. Um erro não justifica outro, inventar uma nova competição, com intensa mobilização, é uma loucura. E pior, é um erro que nós inventamos e estamos trazendo para o Brasil. Não é hora apropriada. Mas isso tem duas lógicas: uma é garantir o lucro à CBF e à COMEBOL; e a segunda é a popularidade do presidente.