A escolha do General Paulo Sérgio Nogueira para o Comando do Exército, e o destaque dado pelo novo ministro da Defesa, Braga Netto, ao combate da pandemia de COVID-19, são derrotas simbólicas do presidente Bolsonaro, que teve que escolher os novos comandantes entre os de maior antiguidade nas três Armas, e não aqueles que lhe são mais próximos.
A escolha pela antiguidade é uma tradição das Forças Armadas, mas o presidente da República, como Comandante em Chefe, pode escolher entre os oficiais superiores. Saindo da antiguidade, no entanto, estaria criando incômodos para os militares.
O Almirante Garnier, por exemplo, era o segundo em antiguidade, mas foi o escolhido. É considerado o mais habilidoso dos Almirantes que estavam na lista, e já era secretário-geral do ministério da Defesa. Os dois são ligados ao demitido General Luis Fernando Azevedo e Silva, antigo ministro da Defesa, e ao ex-comandante do Exército Edson Pujol.