Pela simbologia da vitória dos dois candidatos que apoia na Câmara e no Senado, Bolsonaro está dono da situação. Mas como se trata do Centrão, não se pode dizer que estará permanentemente blindado, protegido. Vamos ver o decorrer da campanha eleitoral ainda este ano e como ficará a popularidade dele nas pesquisas, que servem de parâmetro. Se ele começar a perder popularidade, se a economia não decolar e a crise social aumentar, a situação vira e ele fica refém do centrão e nas mãos dos dois presidentes que elegeu. É uma jogada de risco dele, mas tinha que ser feita, dentro do critério que adotou, a velha política do toma lá, dá cá, o velho hábito do Congresso brasileiro. Uma velha frase, repetida no centrão é que "ninguém vai segurando o caixão até dentro da sepultura. Vamos até a beira”. E nessa crise em que estamos, é muito precária essa proteção ao Bolsonaro.
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