A Academia Brasileira de Letras apresenta, através de seu canal de podcast, uma mesa-redonda especial que inicia as comemorações do bicentenário do escritor russo Fiódor Dostoievski (1821-1881). A mesa conta com a participação de Fátima Bianchi, Jimmy Sudário e Bruno Gomide. A apresentação foi feita pelo Acadêmico Marco Lucchesi.
Fatima Bianchi é professora da área de Língua e Literatura Russa do curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Defendeu sua Dissertação de Mestrado (sobre a novela Uma criatura dócil, de Dostoiévski) e sua Tese de Doutorado (sobre a novela A senhoria, do mesmo autor) no Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da USP. É tradutora de algumas obras de Dostoiévski: Uma criatura dócil (Cosac&Naify, 2002), A senhoria (2006), Gente pobre (2009) e Humilhados e ofendidos (2018), e organizou a coletânea Contos Reunidos, de Dostoiévski (2017), todas publicadas pela Editora 34. É presidente da Sociedade Brasileira de Dostoiévski e Coordenadora Regional da International Dostoevsky Society.
Jimmy Sudário Cabral é professor no Departamento de Ciência da Religião e no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora. Doutor em Teologia pela PUC-Rio e Université de Strasbourg e coordenador do Núcleo de Estudos da Religião em Dostoiévski e Tolstói e a sua recepção (NERDT) https://www.ufjf.br/nerdt/. Foi pesquisador visitante no Departamento de Literatura Russa da Northwestern University e Boston College; e realizou estágio de Instituto de Literatura Russa "Púchkinski Dom", S. Petersburgo, Russia. Atua principalmente nos seguintes temas: Religião, Filosofia e Arte em Dostoiévski e Tolstói; Niilismo e Literatura Moderna; É autor de Bíblia e Teologia Política (Mauad, 2009) e Organizador da obra Finitude e Mistério - Mística e Literatura Moderna (PUC-Rio-Mauad, 2014).
Bruno Barretto Gomide é professor livre-docente de literatura russa na USP e pesquisador do CNPq. É doutor pela Unicamp (com estágio de doutorado em Berkeley) e coordenador do GT de literatura russa da Abralic. Foi pesquisador-visitante no IMLI (Moscou), no “Púchkinski Dom” (S. Petersburgo), em Harvard, Glasgow, Berkeley, na Universidade de Londres, no Instituto Ibero-Americano de Berlim e na EHESS. Publicou, entre outros, Da estepe à caatinga: o romance russo no Brasil (Edusp), Nova antologia do conto russo (ed. 34), Antologia do pensamento crítico russo (ed. 34), Escritos de outubro: os intelectuais e a Revolução Russa (Boitempo), a coleção Narrativas da Revolução (ed. 34; com textos de Pilniák, Zamiátin, Chklóvski, Oliécha e Ognióv) e Dostoiévski na Rua do Ouvidor: a literatura russa e o Estado Novo (Edusp/Fapesp); tem no prelo o livro Bibliofilia e exílio: Mikhail Ossorguin e o livro perdido (Ateliê). Prepara atualmente um estudo sobre o crítico e tradutor Boris Schnaiderman.