A negação do avanço do desmatamento da Amazônia e o flagelo das fake news que propagam o ódio não passam impunes aos olhos do mundo. Os fatos falam por si e por múltiplas vozes.
O governo brasileiro fez um estrago. Arrogantes e ignorantes, não perceberam que meio ambiente e verdade na informação são temas incontornáveis no debate público global.
A Amazônia é, ao mesmo tempo, um tesouro do Brasil e um patrimônio da humanidade. Os brasileiros, mais do que todos, são os maiores interessados em sua preservação.
Os ecologistas ganharam as eleições municipais na França replicando a vitória dos Verdes alemães nas eleições para o Parlamento Europeu. É possível que em breve governem os dois principais países da Europa continental.
Um fundo de investimento multibilionário ameaça desinvestir do Brasil por conta da política ambiental desastrosa. Grandes empresários escreveram uma carta de alerta sobre o risco de prejuízo às exportações brasileiras. Ex-ministros da Fazenda exprimiram a mesma preocupação.
Não há nenhum complô contra o Brasil. Há indignação e o sentimento patriótico de brasileiros que gritam para impedir que o país se suicide.
A informação é, no mundo contemporâneo, o espaço em que as pessoas se encontram, formam suas opiniões e fazem escolhas. É constitutiva da democracia. Quando este terreno é semeado pelo ódio é ela, a democracia, que está em risco e, com ela, a convivência civilizada.
O Facebook suspendeu as contas do “gabinete do ódio” que funciona no Palácio do Planalto. Agiu sob a pressão dos seus investidores que não querem se associar à difusão de mais violência e intolerância.
A crescente consciência ambiental se soma à percepção de que cidadãos comuns, através de suas opções de consumo e investimento, são capazes de influenciar ações de governos e de megaempresas.
Não é mais uma menina sueca que comove e move o mundo. São milhões de pessoas querendo ter voz ativa, informação verdadeira, viver em sociedades sustentáveis, democráticas. É um novo mundo, invisível aos obtusos.