Contra as bravatas do presidente Bolsonaro, fatos. A ligação de Queiroz, preso nesta quinta-feira na casa do advogado Wassef que se gaba de ser amigo íntimo do presidente e de seu filho Flávio, só confirma os laços de juramento de sangue, bem ao estilo mafioso, que o une à famiglia Bolsonaro.
Sumido há mais de ano, Queiroz sempre esteve sob a proteção dos Bolsonaro, na pessoa de Wassef, que volta e meia estava no Palácio da Alvorada dando conta dos processos em que atua em defesa dos membros do clã e, sabe-se agora, outras cositas más. Enquanto o país inteiro perguntava onde estava o Queiroz, a famiglia Bolsonaro sabia perfeitamente.
Esconder um fugido cujos crimes de que é acusado são ligados diretamente ao filho do presidente, envolvendo também o próprio Bolsonaro, que empregou em seu gabinete de deputado federal milicianos e seus parentes, alguns merecedores de homenagens como medalha de mérito, não é pouca coisa.
O “pacto de sangue “ que os une pode ser quebrado, principalmente se a mulher de Queiroz, contra quem há um mandado de prisão, vier se juntar a ele na cadeia. Várias mensagens de seu esconderijo, que, se sabe agora, nem tão clandestino era para a famiglia Bolsonaro, Queiroz mandou recados dizendo-se abandonado. Esse sentimento pode ser decisivo agora, em que a polícia do governador João Doria encontrou-o em um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, local de outro sítio envolvido em caso político-criminal de nossa historia recente.