Estamos vivendo uma fase de transição no que se refere ao ensino médio. Há um convencimento geral de que essa etapa intermediária vai muito mal, depois de uma série de tentativas de mudanças. Tivemos o ensino profissionalizante obrigatório, em 1971, com resultados verdadeiramente decepcionantes. Contribuiu para isso a falta de professores especializados e a ausência de laboratórios e bibliotecas devidamente apetrechados.
A Lei nº 9394/96 não deu vida inteligente ao ensino médio. Vegetamos nesse nível de ensino. Hoje , há um grande esforço do Ministério da Educação para encontrar uma solução à altura, com a flexibilização do currículo, a partir da formatação de quatro eixos essenciais: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, além do espaço aberto, na carga horária ampliada, para a formação técnica profissional.
O setor do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio de Janeiro, de que fazem parte o Sesc e o Senac, deu um show na praia de Copacabana com a realização do que foi denominado de “Cidade Talentos”. Reuniu 30 mil candidatos, efetivando um desafio de educação profissional, com alunos de cursos técnicos do Senac Rio de Janeiro, dando relevo à qualificação da sua mão de obra.
O local foi equipado com hospital, hotel, salão de beleza, boulangerie, cinema, restaurante, SPA e outras áreas de lazer, preparando alunos para o mundo corporativo, em busca de talentos indispensáveis. O objetivo, plenamente alcançado, foi obter uma formação de excelência no ensino profissional, oferecendo às empresas a oportunidade de contratação de profissionais competentes, de que o setor terciário anda mesmo necessitado.
A Fecomércio pôde assinalar a presença de alunos e alunas em diversas e importantes áreas de trabalho, como maquiagem artística, padaria, oficina pequeno gourmet (receitas de pão de queijo), drinques, alongamento e relaxamento, moda, hotel, esporte, tecnologia da informação, saúde, serviços administrativos, design de jóias, massoterapia etc.
A busca da excelência é uma preocupação dominante, levando-se em conta que nas áreas referidas existem dois milhões de postos de trabalho disponíveis, seguramente sendo o setor que mais oferece empregos à juventude do Rio de Janeiro.
Deve-se considerar que esse é um esforço benemérito. Há um Programa Senac de Gratuidade, facilitando o acesso às vagas existentes, com ênfase nas carreiras de arrumadeira, garçom e auxiliar de cozinha, com a valorização das áreas de Gastronomia e Hotelaria, onde o Rio de Janeiro cresceu muito, nos últimos tempos, em virtude até mesmo dos grandes eventos esportivos promovidos pelo seu governo. Vale a pena frisar que todo esse movimento é grandemente enriquecido por atividades culturais subsequentes.
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