Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Abl > Cgi > Cgilua.exe > Sys > Odylo Costa, filho > Cronologia

Cronologia

1914 - A 14 de dezembro nasceu Odylo Costa, filho, em São Luís do Maranhão, filho do casal Odylo de Moura Costa e Maria Aurora Alves Costa.

Fez os estudos primários no Colégio do Sagrado Coração de Jesus, em Teresina, Piauí, e o ginasial no Liceu Piauiense na mesma cidade, o que lhe conferiu em toda sua vida dupla afetividade de província, fraternalmente desdobrada entre as duas cidades, a de seu nascimento e a de sua formação.

1929 - Desde cedo , aos quinze anos, revelou-se em Odylo Costa, filho a vocação de jornalista, encontrando seu primeiro abrigo no semanário Cidade Verde, fundado em Teresina.

1930 - Em março, aos dezesseis anos, Maranhão e Piauí ficavam para trás e Odylo Costa ,filho, em companhia dos pais, fixou-se no Rio de Janeiro e ingressou na Faculdade de Direito da Universidade do Brasil.

1931 - Em janeiro, pelas mãos de Félix Pacheco, entrou para a redação do Jornal do Commercio, onde permaneceu até 1943. A partir de então, dedicou-se intensamente ao jornalismo, sem, todavia, abandonar a vida literária.

1932 - Publicou Seleta Cristã, coletânea de poemas alheios, pela Livraria Católica.

1933 - Bacharelou-se em Direito. Com o livro inédito Graça Aranha e outros ensaios, publicado no ano seguinte pela Editora Selma, obteve o Prêmio Ramos Paz da Academia Brasileira de Letras.

1934 - Trabalhou como procurador no Conselho Nacional do Trabalho.

1935 - Começou a trabalhar no Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Comerciários como procurador, ali permanecendo até aposentar-se em 1970.

1936 - Publicou, em colaboração com Henrique Carstens, o Livro de Poemas de 1935 em edição dos autores.

1942 - Casou-se com Maria de Nazareth Pereira da Silva Costa, nascida em Campo Maior, Piauí. Foram padrinhos Manuel Bandeira, Ribeiro Couto e Carlos Drummond de Andrade. Nasceram-lhes nove filhos.

1943 - Deixou o Jornal do Commercio, passando a colaborar durante algum tempo para jornais e revistas, entre eles o Diário de Notícias e a Folha Carioca, com artigos sobre arte e literatura , crônicas e notas políticas.

1945 - Participou da criação da União Democrática Nacional, colaborando desde então estreitamente com Virgílio de Melo Franco.

1947 - Publicou o livro Distrito da Confusão, pela editora da Casa do Estudante do Brasil, coletânea de alguns de seus artigos de jornal escritos durante a ditadura, em que fazia nas entrelinhas - única forma então possível - a crítica do regime vigente.

1948 - Foi fundador e diretor do semanário Políticas e Letras, de Virgílio de Melo Franco.

1949 - Escreveu e teve representada a peça infantil O balão que caiu no mar, inspirada em poema de Manuel Bandeira.

1950 - Foi redator do Diário de Notícias até 1955, tendo dirigido sua seção política.

1952 - Neste ano e no ano seguinte, fez crítica literária no Diário de Notícias e manteve crônicas assinadas diariamente na Tribuna da Imprensa, colaborando também para a Folha de São Paulo.

1954 - Criou e manteve - com Eneida e Heráclio Sales - a seção "Encontro Matinal" no Diário de Notícias. Só deixou essa atividade para, a convite do Presidente Café Filho, ser sucessivamente - até novembro de 1955 - Secretário de Imprensa da Presidência, Diretor da Rádio Nacional e de A Noite e Superintendente das Empresas Incorporadas ao Patrimônio da União.

1956 - Foi - até 1958 - chefe de redação do Jornal do Brasil, de cujo renascimento participou de forma decisiva, revelando o espírito de renovação e modernidade que sempre marcou sua atuação como jornalista.

1959 - Foi diretor da Tribuna da Imprensa.

1960 - Dirigiu a revista Senhor. Nesse ano foi levado por seus amigos J. J. Marques Filho e Antônio Galotti para trabalhar na COBAST (empresa holding da Light), ali permanecendo até 1965.

1962 - Foi - até 1963 - secretário de O Cruzeiro Internacional e diretor de redação de O Cruzeiro.

1963 - A partir deste ano circunstâncias dolorosas - a perda do filho primogênito, também Odylo, morto por menores abandonados ao defender a namorada - trouxeram-no de volta à prática constante da poesia, que nunca abandonara de todo.

Manuel Bandeira, ao preparar a 2ª edição da sua Antologia dos poetas brasileiros bissextos contemporâneos, leu alguns dos seus poemas, sobretudo os inspirados pela morte do filho ainda adolescente, e colocou-os "...entre os mais belos da poesia de língua portuguesa".

1964 - Dedicou-se à campanha pela revisão do sistema de assistência à criança abandonada, dela em grande parte resultando a extinção do antigo SAM e a criação da Fundação Nacional do Bem Estar do Menor.

Manteve - até abril de 1965 - um artigo semanal no Jornal do Brasil.

Morreu sua filha Maria Aurora, após 11 anos de deficiência mental profunda.

1965- Estreou na ficção publicando, pela Livraria José Olympio Editora, a novela A Faca e o Rio(depois traduzida para o inglês pelo professor Lawrence Keates e para o alemão por Curt Meyer-Clason).

Viajou para Lisboa como adido cultural à Embaixada Brasileira, função que desempenhou até 1967, além de colaborar em jornais e revistas de Portugal.

1966 - Publicou em Lisboa a edição portuguesa de A Faca e O Rio, acrescida do conto A Invenção da Ilha da Madeira, pela Editora Livros do Brasil.

Animado por Manuel Bandeira, Rachel de Queiroz, e outros amigos, juntou, ainda em Portugal, seus versos sob o título de Tempo de Lisboa e Outros Poemas, publicado pela Livraria Moraes Editora.

1967 - Ao tomar posse na Academia Internacional de Cultura Portuguesa, proferiu discurso de posse de cujo final a Editora Verbo fez edição limitada, sob o título de Retrato Desordenado e Declaração de Amor a Portugal.

Regressando ao Brasil, foi dirigir, em São Paulo, a revista Realidade.

1968 - Assumiu a direção de redação, no Rio de Janeiro, da Editora Abril, de cujo Conselho Editorial participou até sua extinção em 1974.

1969 - Em 20 novembro, foi eleito para a cadeira nº15, da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono é Gonçalves Dias e cujo fundador é Olavo Bilac, sucedendo a Guilherme de Almeida.

Manteve colaboração dominical para o Jornal do Comércio, até 1970.

1970 - A 24 de julho, foi recebido na Academia por Peregrino Júnior. A Estúdios Cor publicou, fora do comércio, seu conto História de Seu Tomé meu Pai e minha Mãe Maria.Escreveu o poema do Oratório de Djanira para gravuras da pintora, editados por Júlio Pacello e pela Editora César.

1971 - Publicou, em edição da Livraria José Olympio Editora, o livro de poesia Cantiga Incompleta. Escreveu a introdução do álbum de desenhos da pintora Renée Lefèvre sobre São Luís e Alcântara, publicado pela Cia. Editora Nacional com o título de Maranhão: São Luís e Alcântara.Retornou ao "Encontro Matinal", do Diário de Notícias, escrevendo crônicas dominicais até 1972.

Baseado em seu romance, o cineasta holandês George Sluizer filmou, no Brasil, com atores brasileiros, o filme A Faca e o Rio.

Convidado por José Sarney para seu suplente no Senado Federal, foram eleitos para a legislatura de 1971 a 79.
1972 - Seu livro Cantiga Incompleta foi distinguido com três prêmios nacionais de poesia: o do Pen-Clube do Brasil, o Prêmio Casimiro de Abreu do Estado do Rio de Janeiro e o Prêmio Nacional de Poesia, de Brasília.
Sua dedicação à luta pela integração do excepcional fez com que as Sociedades Pestalozzi o escolhessem para presidente de sua Federação Nacional.

Publicou, com ilustrações de sua mulher Nazareth, o livro de poemas para crianças Os Bichos no Céu, pela Editora Artenova.

1973 - Publicou duas novas edições de A Faca e o Rio: a primeira, na Livraria José Olympio Editora, na coleção Sagarana, acrescida de "História de seu Tomé meu Pai e minha Mãe Maria"; a segunda, em adaptação do autor, pelo Mobral, em convênio com a Livraria José Olympio e o Instituto Nacional do Livro, com grande tiragem, para distribuição como primeiro livro de leitura entre seus alunos.

Proferiu numerosas conferências sobre Gonçalves Dias - seu patrono na Academia Brasileira de Letras - por ocasião do sesquicentenário de seu nascimento.

Escreveu uma crônica semanal até 1976 para a Última Hora.

Voltou a trabalhar como assessor da presidência da Light.

1974 - Foi reeleito para o cargo de presidente da Federação Nacional das Sociedades Pestalozzi.
Esteve em Lisboa a convite do Instituto de Alta Cultura e da Fundação Calouste Gulbenkian, para palestras.
Por ocasião de seu 60º aniversário, a Editora Artenova reuniu , em pequeno volume fora do comércio, suas poesias mais recentes, sob o título de Notícias de Amor.

1976 - Convidado por seu amigo Caio Tácito, então reitor, dirigiu o Departamento Cultural da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Publicou Notícias de Amor, em edição aumentada, com desenhos de Nazareth Costa, pela Editora Artenova.
Eleito uma vez mais presidente da Federação Nacional das Sociedades Pestalozzi, não aceitou a reeleição, sendo então escolhido Presidente de Honra.

Durante esses anos, escreveu artigos e crônicas em jornais e revistas, inclusive uma série de entrevistas para a Revista Vogue.

1977 - Voltou a colaborar com crônicas semanais na Última Hora.

Publicou A Vida de Nossa Senhora, poemas nascidos das ilustrações de Nazareth Costa, pela Editora Agir.

1978 - A Vida de Nossa Senhora ganhou o prêmio da Associação dos Críticos de Arte de São Paulo.
Trabalhou intensamente em seus projetos literários, de poesia nos livros Anjos em Terra e Boca da Noite, e de contos no livro Histórias da Beira do Rio. Escreveu o livro Maranhão Velho, sobre São Luís e outras cidades, para a Embratur, preparou artigo sobre Rui Barbosa para a Fundação Casa de Rui Barbosa e começou a organizar seus artigos de jornal, dispersos em quase meio século de vida jornalística, para publicação em coletâneas.

1979 - Viajou para Lima, Santiago do Chile e Buenos Aires fazendo conferências. Em Lima assistiu ao lançamento da edição em espanhol de Los Bichos en el Cielo, traduzido por Abelardo Sánchez León, organizado pelo Centro de Estudos Brasileiros da Embaixada do Brasil.

Foi também a São Luís do Maranhão, onde fez conferência para alunos de jornalismo da Universidade Federal, e a Brasília, onde falou em homenagem ao Dia de Camões na Embaixada de Portugal.

Na sessão de 16 de agosto da Academia Brasileira de Letras, o acadêmico Afonso Arinos apresentou à casa, em sua presença, os livros Anjos em Terra e Boca da Noite, cujos originais já entregara aos editores.
A 19 de agosto faleceu com 64 anos, de insuficiência cardíaca, no Rio de Janeiro, onde foi enterrado, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.

Em outubro o Centro de Estudos Brasileiros, da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, editou a antologia bilingue Un Solo Amor, com poemas por ele selecionados dos livros Cantiga Incompleta e Notícias de Amor.

Em dezembro a Editora Salamandra publicou seu livro póstumo de poesia Boca da Noite.

1980 - Em outubro, Monteiro Soares Editores e Livreiros lançou seu livro de poemas Anjos em Terra, com ilustrações de Nazareth Costa.

1981 - A Editora Record publicou em dezembro Meus meninos, os outros meninos, coletânea de artigos de sobre o menor abandonado e o deficiente, único volume por ele selecionado da série planejada de artigos de jornais.

1983 - Histórias da Beira do Rio, livro de contos que deixara inédito, foi publicado pela Editora Record.

1994 - O Museu da República, em comemoração aos 80 anos de seu nascimento, realizou mesa redonda com a participação de Rachel de Queiroz, Zuenir Ventura, Ziraldo Alves Pinto, Alvaro Pacheco e Marcos Sá Correa e promoveu a exibição do filme João, baseado em seu romance “A faca e o rio”.

1995 – Massao Ohno Editor publicou a segunda edição de Boca da Noite, também em homenagem aos 80 anos de seu nascimento.

2010 – Sua Poesia Completa, com organização e nota introdutória de Virgílio Costa, foi publicada pela Aeroplano Editora e teve em seu lançamento debate com Marcos Vilaça, Alberto da Costa e Silva e Marcio Tavares d’Amaral.

Acadêmico relacionado : 
Odylo Costa, filho