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As profissões do futuro

 

Louvável a iniciativa de Luiz Gonzaga Bertelli, presidente executivo do CIEE/SP, ao lançar mais uma vez o livro “Profissões”, em versão completamente atualizada. Trata-se de um guia para ajudar os jovens estudantes na escolha da carreira, que hoje apresenta nuances  jamais sonhadas.

Veja-se, por exemplo, o caso da nanotecnologia, que é estratégica para o desenvolvimento nacional, tanto que o governo federal, nos últimos anos, investiu mais de 200 milhões de reais em seus estudos, que envolvem novas técnicas de controle de materiais em pequenas dimensões. O tema interessa à medicina, engenharia e química, como vimos acontecer em visita recente ao famoso Instituto Weizmann de Ciências do Estado de Israel. O estudo das nanopartículas poderá gerar substâncias mais eficazes para o tratamento do câncer, desafio que talvez seja o maior da ciência mundial.

No Brasil, para ainda ficar nesse campo que começa a atrair o interesse dos nossos jovens, pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas analisam alternativas ao uso do silício na fabricação de computadores, com uma agradável novidade: o grafeno, considerado o metal mais fino do mundo, poderá ser a nova matéria-prima da indústria de eletrônicos, provocando uma verdadeira revolução na área. A Embrapa também realiza pesquisas, nas questões do meio-ambiente, investigando o que acontece no ar, na água e no solo, quando nanopartículas são resíduos potencialmente poluidores.É uma pesquisa pioneira, certamente com um imenso potencial de aplicações, num prazo que não deverá exceder os sete ou oito anos. Um campo aberto, de grandes virtualidades.

No livro mencionado, Bertelli, especialista em educação e trabalho, responsável pela vitoriosa realização de milhões de estágios, por intermédio do CIEE, que existe há quase 50 anos, traça um quadro atualizado de oportunidades profissionais. Isso pode evitar também a malfadada existência da frequência a cursos inicialmente escolhidos por jovens, que no meio do caminho descobrem que a vocação era outra. Um evidente desperdício de tempo e de dinheiro (quando o curso é pago).

Há profissões em alta: Administração, Biblioteconomia, Ciências Atuariais, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis (em processo de recuperação), Ciência da Computação, Comércio Exterior, Direito, Enfermagem, Engenharia, Farmácia, Física, Gastronomia, Gestão da Informação, Hotelaria, Jornalismo, Letras, Matemática, Medicina, Moda, Nutrição, Odontologia, Pedagogia, Psicologia, Publicidade, Química, Relações Internacionais, Relações Públicas, Sistemas de Informação, Turismo e Veterinária.

Outras profissões apresentam um quadro promissor: Administração Pública, Agronegócio, Alimentos e Bebidas, Auditoria, Beleza e Estética, Biocombustíveis, Ciências Biomédicas e Genética, Consultoria, Design, Empreendedorismo, Esporte e Lazer, Eventos e Turismo, Inovação, Logística, Meio-Ambiente, Mineiração, Nanotecnologia, Petróleo e Gás, Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), Terceira Idade, Terceiro Setor e Varejo. A escolha é ampla.

Jornal do Commmercio (RJ), 22/10/2010