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Artigos

  • Mais polos, maior eficiência

    Uma boa conversa com Abram Szajman, presidente do Conselho Regional do SENAC/SP, foi suficiente para conhecer de que maneira a entidade, inspirada pelo seu bem sucedido Centro Universitário, cumpre suas obrigações, inclusive com  a  ministração de cursos à distância.  Os dirigentes fizeram da qualidade a razão maior das suas preocupações, com amparo na Portaria nº 683, de 25 de maio de 2012.  É  o que nos afirma também o diretor Luiz Carlos Dourado.                                           A pós-graduação ostenta orgulhosamente quatro áreas: Docência no ensino superior, Gestão  Empreendedora, Gestão do Relacionamento com o Cliente e Design Instrucional.  A modalidade cresce no Brasil  em progressão geométrica, tanto na graduação quanto na pós-graduação, e sabe-se que hoje há mais de 2,5 milhões de alunos frequentando os cursos oferecidos pelas entidades autorizadas pelo Ministério da Educação.  E sabe-se que as normas são rígidas, para evitar que se caia no tão mal falado facilitário.  São cursos sérios, que levarão os seus concluintes  a uma atividade profissional competente e duradoura.  Abrangem cursos formais de educação básica, especialização, graduação, formação continuada das empresas e de formação técnica.                                     Como os projetos devem ser antecipadamente aprovados pela Secretaria de Regulação e Supervisão do MEC, exige-se clareza quando se trata de conceituar o público-alvo, os pré-requisitos, o uso da informática, o programa, os investimentos, os critérios de seleção, a avaliação (severa), a metodologia e a certificação, além da garantia da existência de um bom corpo docente e o  uso dos pólos presenciais.                                      Aqui entra a reivindicação do SENAC/SP.  Em princípio, solicitou para os seus alunos somente dois polos presenciais, um na própria sede do Centro Universitário, no bairro de Santo Amaro, outro na unidade SENAC Lapa Tito, no bairro da Lapa, ambos na capital paulista.  Ocorre que a sua direção, face à procura dos cursos, entende que necessita de mais 20 pólos de apoio presencial, “de modo a permitir às instituições de ensino superior suporte em sustentabilidade efetiva.”                                          A pretensão do SENAC, dada a sua tradição de bons serviços ao país, é mais do que justa.  Objetiva criar condições para a expansão dos seus serviços para o interior de São Paulo e também para unidades do SENAC situadas em outros estados da federação.  Sabe-se que esses estudos estão sendo realizados, no âmbito da diretoria de Regulação, mas é preciso ponderar que são visíveis os indicadores do crescimento do país em outras áreas do conhecimento.  Assim, exigem-se  soluções mais rápidas quando está  em jogo o dado estratégico da nossa expansão econômica e social.  A pós-graduação lato sensu em Design Instrucional, por exemplo, com carga horária de 360 horas, objetiva formar  profissionais para atuar em projetos de conteúdo de cursos on-line, capacitando-os para selecionar, organizar e produzir atividades, materiais e produtos educacionais, de acordo com situações específicas.  Se o SENAC/SP tem excelentes condições de ampliação da oferta, por que não facilitar os seus objetivos?

  • Educação e cultura em BH

    Há alguns anos, isso parecia impossível. Os responsáveispela aplicação da Lei Rouanet de Incentivo à cultura não queriam nem ouvir falar de projetos que passavam pela educação. A argumentação era tola: “Educação não tem nada a ver com Cultura.” Sabe-se exatamente que elas são siamesas, uma não pode viver sem a outra. Ao tomar conhecimento, pela professora Maria Eugênia Stein, da existência do projeto Acervos Museológicos”, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, com apoio na Lei Rouanet, fizemos questão desse registro. O Instituto Minas pela Paz, em boa hora, levou a termo a ideia de “democratização do acesso e formação de agentes culturais”, com pleno sucesso. Quando se quer, se faz.

  • A voz e a imagem das ruas

    Ainda há muitas interpretações sobre as origens e os objetivos das atuais manifestações de rua no Brasil. Enquanto as dúvidas se disseminam, algumas verdades podem ser extraídas no movimento. A primeira delas é que havia uma explosiva insatisfação no ar, atingindo governos em todos os níveis. Outra conclusão bate em cheio na demora da condenação dos mensaleiros, com chicanas de toda ordem. A prisão do deputado Natan Donadon, de Rondônia, foi devidamente comemorada, como sintomática do que está vindo por aí — e que depende do STF.

  • A crítica da Educação básica

    Em palestra sobre a situação atual da Educação Básica no Brasil, realizada na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, alguns números chamaram a atenção dos conselheiros, levando-nos a uma reflexão mais aprofundada.                      Temos hoje 60 milhões de alunos frequentando as escolas brasileiras, em todos os níveis. Cerca de 33% da população, o que representa uma quantidade expressiva. O ensino cresceu muito, nos últimos anos, sobretudo no fundamental. Mas quais são as perspectivas para o futuro? Como se trabalha a questão da qualidade?                 Nas atuais circunstâncias, 70% da população das escolas públicas são crianças de famílias de baixa renda. Um em cada 10 brasileiros com mais de 15 anos ainda não sabe ler e escrever. Temos 1,8 milhão de jovens de 15 a 17 anos de idade fora da escola.                 Nosso país, ainda com imensos vazios territoriais, perde substância demográfica na sua população dos 7 aos 14 anos de idade. Há uma diminuição clara nas taxas de natalidade. Estima-se que nossa população até 17 anos vá encolher em 7 milhões de habitantes, nos próximos dez anos, caindo de 58 milhões para 51 milhões. É um fator estratégico de grande relevo para os que projetam o futuro da educação brasileira. Precisamos de mais escolas e/ou mais e melhores professores?                    O Brasil tem 197.468 escolas de ensino básico. Destas, 129.579 (65,62%) não têm bibliotecas, o que significa um total de 15.000.000 de alunos sem bibliotecas. Mas está na lei que, a partir de 2020, todas as escolas, públicas e particulares, deverão ter uma biblioteca. A meta é alcançar, no mínimo, um livro por aluno matriculado.                   Melhorar a educação brasileira, de um modo geral, pode ser uma utopia? Depende, naturalmente, da existência de uma política séria, no setor, conduzida por pessoas competentes e desinteressadas de proveito pessoal ou político.  A boa escola deixará de ser uma utopia quando esse quadro se modificar.              A pergunta que ficou igualmente no ar referiu-se à consolidação das nossas leis educacionais.  A LDB tornou-se uma bonita e colorida colcha de retalhos.  Só um gênio pode guardar de cabeça tantas e tão diversificadas normas, com um pormenor que deve ser mencionado: virou moda, como se fez no natimorto Plano Nacional de Educação, estabelecer metas exuberantes, para o futuro, como se tem feito sistematicamente com a erradicação do analfabetismo.  Se não ocorrer o que se prevê, a quem caberá a culpa?  Os autores da façanha estarão longe.                                      Fala-se muito em gastos com a educação, expressão que deve ser condenada. Gasto é sinônimo de desperdício. Entendemos a educação como investimento. Assim ela deve ser compreendida.

  • Acusação injusta

    O título do filme dinamarquês “A Caça”, do diretor Thomas Vinterberg, pode suscitar duas linhas de raciocínio: a caça aos cervos, comum nas áreas rurais daquela região, ou a verdadeira caçada humana levada a cabo contra o professor Lucas, de uma escola infantil, injustamente acusado da prática de pedofilia.  A interpretação fica com os espectadores do filme premiado.                                                              O caso lembra, no Brasil, o que ocorreu na Escola Base de São Paulo, em que os seus diretores foram sumariamente condenados, sobretudo pela opinião pública, para depois a justiça decretar que eles eram inocentes.    A nossa sociedade está muito atenta a esse tipo de problema, o que não impede que se registre um lamentável aumento da sua incidência.                                                                Na nossa opinião, pela falta de uma atenção maior dos pais ou pela existência de lares desestruturados, que dão margem a esses desequilíbrios.                                                              Estabelece-se na película uma paranóia sexual,  a  partir de uma confusa acusação de Klara, uma lourinha de seis anos de idade, que  tem uma estranha fixação pela figura do professor e se sente rejeitada por ele.  Sendo vizinhos, de pais amigos, ela costumava pegar carona do mestre, na caminhada matinal até a escola.  Ainda por cima, tinha enorme atração por Fanny, uma doce e peluda cadela, que vivia confortavelmente na casa de Lucas.                                                             Do tipo simpático e afável, o professor era recebido diariamente na escola com sustos e brincadeiras por parte das crianças, que demonstravam grande estima por ele.  Tudo caminhava  bem, na placidez daquela pequena comunidade, quando a diretora da escola, notoriamente incompetente, desconfia de que Klara tem um importante segredo guardado: ela entrevista a menina e, sem muitos cuidados, a leva a confessar que o professor  tinha mostrado suas partes íntimas para a menina.  Insegura, a diretora recorre a outro incompetente, um assistente social, que numa entrevista de cinco minutos   conclui direto que a menina não mentia.                                                             A diretora convoca uma reunião de pais e professores e confessa o exercício de pedofilia.  Não resta outra alternativa senão demitir  o professor .  Em seguida, como é natural, ele é  execrado por colegas e amigos, entre os  quais os pais de Klara.  Todos reagem contra o que seria uma barbaridade, inusitada naquela localidade.  Lucas tenta levar a vida em sua casa, mas a acusação produz efeitos atômicos: vai fazer compras no supermercado e  é proibido de estar ali.  Briga com um dos funcionários.                                                             Divorciado, consegue atrair o filho para a  sua companhia.  Vai o garoto às compras e também é proibido pelo dono da loja.  Havia um nítido esquema de sufocar o alegado “criminoso”, totalmente inocente.  Klara se desdiz, afirmando aos pais que inventara “umas besteiras”.  Não adianta nada.  Ele é preso e levado para a cadeia.  O único que o defende, ardorosamente, é o filho valente, que dá enorme demonstração de amor.  Briga pela inocência do pai.                                                             O  caso se generaliza e outras crianças também acusam Lucas, alegando que tudo se passava no porão da sua casa.  A Justiça liberou o acusado.  Na sua casa não tinha porão.  Além disso, em casos comprovados de pedofilia, assinalam-se nas vítimas diversos desvios de comportamento, o que não ocorreu.                                                            Cabe ainda um  último comentário: por que o professor se manteve sempre na defensiva? Na verdade, só uma vez, no supermercado, deu uma cabeçada no vendedor que o inibia nas compras.  De resto, vai sendo aos poucos desconstruído, sem demonstrar a revolta que dele se esperava.  Questão de temperamento ou covardia?  É mais uma dúvida que fica para a discussão entre os espectadores do filme, premiado no festival de Cannes.

  • Do tostão ao milhão

    As atuais manifestações de rua, com Incríveis passeatas reivindicando melhoria nos transportes, na saúde e na educação, entre outras, já tiveram diversas versões anteriores (a mais antiga é de 1840). Tendo sido capital por muitos anos, ê natural que a maioria Lenha acontecido no Rio de Janeiro, onde também ocorreram as mais robustas, como agora mesmo a que reuniu mais de 300 mil pessoas, sob inspiração das redes sociais. Houve perplexidade inicial diante das possíveis razoes do movimento.

  • Marques Rebelo: a estrela sobe

    Marques Rebelo notabilizou-se com esse pseudônimo.  O seu nome verdadeiro era Eddy Dias da Cruz, carioca nascido em 1907 e que viveu na sua cidade até o ano de 1973, quando faleceu aos 66 anos de idade.  Faz parte de um grupo de elite de escritores cariocas, entre os quais podemos citar Machado de Assis, Lima Barreto e o nosso confrade Carlos Heitor Cony.                                         Bisneto do II Barão da Saúde, chegou  a estudar três anos de Medicina, no final da década de 20, mas abandonou os estudos para dedicar-se de corpo e alma ao jornalismo e à literatura.  Mais tarde concluiu o curso de Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da então Universidade do Brasil.  O seu pendor, no entanto, estava mesmo voltado para a literatura.                                        Adepto da escola realista, escreveu  o primeiro livro em 1931, com o título de Oscarina.  Depois vieram Três Caminhos, do qual  o conto Vejo a lua do céu tornou-se telenovela; Marafa; o clássico A Estrela Sobe (1939) e em seguida o não menos famoso O Espelho Partido.  Escreveu também diversos contos, a peça teatral Rua Alegre, em 1940, crônicas, biografias (dedicando-se à vida e obra de Manuel Antonio  de Almeida, literatura infantojuvenil (10 livros) e literatura didática, em que se insere a Antologia Escolar Portuguesa, de 1970.                                       Homem incansável, foi  autor de inúmeras traduções, como a de Ana Karênina, de Tolstói, em 1948, além de ter alcançado outros autores, como Flaubert, H.G. Wells, Júlio Verne, Balzac e Franz Kafka.                                      Tive o prazer (imenso) de conhecer pessoalmente Marques Rebelo.  Foi no começo da minha carreira jornalística, no idos de década de 50, quando trabalhava no jornal “Última Hora”.  Samuel Wainer, em sua época dourada, comprou também a Rádio Clube do Brasil (PR-A3).  E entregou a direção ao seu amigo Eddy Dias da Cruz.  Ele logo valorizou o lado jornalístico da emissora e deu força ao setor de esportes, dirigido por Raul Longras.  Havia uma parceria muito estreita entre a rádio e o jornal, tanto que muitos repórteres da “Última Hora” eram apresentadores na emissora de rádio, entre eles eu me encontrava, transmitindo notícias – e até jogos de futebol, como ocorreu na estreia com um Fluminense x Portuguesa, no campo do América F.C.                                      Por falar no clube de Campos Sales, Marques Rebelo era completamente apaixonado pelo América, ao qual dedicou muitas crônicas de  louvor e encantamento.  Era levado por um pensamento que ficou  para sempre guardado: “Nenhum minuto é  vazio, desde que possamos sonhar.”                                    E tivemos  a vida acadêmica de Marques Rebelo, a partir de 1965, na cadeira nº 9.  Ao tomar posse, revelou-se “um carioca de  Vila Isabel, bairro que tem nome de princesa, mas é proletário e pequeno-burquês, e cuja gente humilde foi o básico material de sua ficção e do seu amor.”  Marques Rebelo chegou a participar da diretoria da Casa de Machado de Assis, depois de retratar a cidade nos últimos anos pré-industriais, quando na Tijuca ainda se faziam serenatas, a Lapa estava no auge e casais de namorados passeavam de bonde.

  • O que dizem as ruas

    Para uma análise mais concreta das  manifestações de hoje em dia, observamos uma série de cartazes exibidos nas ruas, para medir as reivindicações populares.  Uma delas já foi resolvida, que é a derrubada estrondosa da PEC 37, revertendo a jato uma expectativa que era exatamente a oposta do que aconteceu.  Ninguém vai mais mexer nas atuais tarefas do Ministério Público.  Ponto para os jovens.                                          Outro item que mereceu resposta rápida foi o que se refere aos recursos para a educação.  O governo chegou a propor que o setor  ficasse com 100% dos royalties do petróleo. A Câmara dos Deputados foi mais prudente e estabeleceu uma divisão razoável: 75% para educação e 25% para saúde, um setor igualmente carente de atenção.                                          Mas o que chamou mais atenção, na nossa pesquisa, auxiliada por netas que participaram das passeatas, foi praticamente a inexistência de cartolinas ou faixas abordando a temática da Constituinte ou do referendum popular para a reforma política.  Os jovens, basicamente apartidários, não deram valor a esses temas, valorizados pela presidente Dilma, e que soam mais como biombos para esconder o tamanho da  crise vivida, especialmente com o recrudescimento do dragão da inflação.  Não era, positivamente, a prioridade das ruas.                                          Vejamos alguns exemplos bem elucidativos: “Ei, soldado, estou lutando também por você.”  Outro:  “Copa no Brasil custa mais caro do que as três últimas edições somadas.”  Aliás, a condenação  do que foi pago para a construção das arenas esportivas para a Copa das Confederações foi feroz.  Além disso, os jovens questionaram a transformação dos estádios de Natal, Brasília e Fortaleza em futuros “elefantes brancos”.  O argumento parece lógico: “Se os times da Capital estão na terceira divisão, quando é que o Mané Garrincha vai pegar um grande público?”.  Daí o cartaz: “Da Copa eu abro mão! Quero dinheiro pra Saúde e  Educação!”  Ainda bem que fomos campeões, na bela final contra a Espanha...                                          No “Correio Braziliense”, temos  a manchete “A nova cara do Brasil”, citando a mobilização pelas redes sociais, sem lideranças ostensivas ou pleitos unificados.  Isso em nada menos de 12 capitais.  Uma jovem colocou bem alto o seu cartaz: “Desculpem o transtorno.  Estamos mudando o Brasil.”  Logo ao lado, “A aula hoje é na rua.”                                          Outra mocinha exibia orgulhosamente: “País desenvolvido é onde rico usa transporte público.”  Em outro momento: “Tem tanta coisa errada que nem cabe num cartaz!”  Com uma foto bem esclarecedora,  era mostrada “A escola aos pedaços”, o que se repetiu inúmeras vezes em várias cidades brasileiras.  A reclamação do mau estado de conservação dos estabelecimentos de ensino tornou-se  um consenso.  Outro lembrava a vitória do Brasil sobre o   Japão, na Copa das Confederações: “Brasil 3x0 Japão.  Mas o Japão nos ganha em   Saúde, Transporte e Educação.”                                             “Verás que um filho teu não foge à luta... Acorda Brasil”  foi uma cena que se repetiu muito, ao longo do movimento, que teve manifestações curiosas, como a daquela  moça bonita que escreveu “Odeio passeata, mas estou aqui por um dever cívico”.  Outro apelou para a religião: “Ore pelo Brasil!” Certamente um pedido endereçado ao simpático Papa Francisco.  O país está assombrado.  É preciso ouvir a poderosa voz da  juventude.

  • Milagres eletrônicos

    As novidades, no campo da informática, são diárias. Ou mesmo de minuto a minuto se toma conhecimento de algo surpreendente, em termos de avanço científico e tecnológico.

  • Soltos no mundo

    Os professores devem dar aulas, ensinar conteúdos, e ainda por cima exercer a dupla função de mestres e pais substitutos. Nem sempre isso dá certo Soltos no mundo Com a responsabilidade de comandar o Centro de Integração Empresa-Escola do Rio de Janeiro, hoje reunindo cerca de 35 mil jovens fluminenses, juntei um grupo de dez adolescentes (5 de cada sexo), para uma conversa sem pauta. Não eram nossos estagiários. Estudam principalmente em escolas públicas e três deles desistiram, alegando total perda de interesse. Perguntei a cada um dos três o que esperava do futuro. A resposta em uníssono é bem esclarecedora: “Não sei, o futuro a Deus pertence”.

  • Mais polos, maior eficiência

    Uma boa conversa com Abram Szajman, presidente do Conselho Regional do SENAC/SP, foi suficiente para conhecer de que maneira a entidade, inspirada pelo seu bem sucedido Centro Universitário, cumpre suas obrigações, inclusive com  a  ministração de cursos à distância.  Os dirigentes fizeram da qualidade a razão maior das suas preocupações, com amparo na Portaria nº 683, de 25 de maio de 2012.  É  o que nos afirma também o diretor Luiz Carlos Dourado.                                           A pós-graduação ostenta orgulhosamente quatro áreas: Docência no ensino superior, Gestão  Empreendedora, Gestão do Relacionamento com o Cliente e Design Instrucional.  A modalidade cresce no Brasil  em progressão geométrica, tanto na graduação quanto na pós-graduação, e sabe-se que hoje há mais de 2,5 milhões de alunos frequentando os cursos oferecidos pelas entidades autorizadas pelo Ministério da Educação.  E sabe-se que as normas são rígidas, para evitar que se caia no tão mal falado facilitário.  São cursos sérios, que levarão os seus concluintes  a uma atividade profissional competente e duradoura.  Abrangem cursos formais de educação básica, especialização, graduação, formação continuada das empresas e de formação técnica.                                     Como os projetos devem ser antecipadamente aprovados pela Secretaria de Regulação e Supervisão do MEC, exige-se clareza quando se trata de conceituar o público-alvo, os pré-requisitos, o uso da informática, o programa, os investimentos, os critérios de seleção, a avaliação (severa), a metodologia e a certificação, além da garantia da existência de um bom corpo docente e o  uso dos pólos presenciais.                                      Aqui entra a reivindicação do SENAC/SP.  Em princípio, solicitou para os seus alunos somente dois polos presenciais, um na própria sede do Centro Universitário, no bairro de Santo Amaro, outro na unidade SENAC Lapa Tito, no bairro da Lapa, ambos na capital paulista.  Ocorre que a sua direção, face à procura dos cursos, entende que necessita de mais 20 pólos de apoio presencial, “de modo a permitir às instituições de ensino superior suporte em sustentabilidade efetiva.”                                          A pretensão do SENAC, dada a sua tradição de bons serviços ao país, é mais do que justa.  Objetiva criar condições para a expansão dos seus serviços para o interior de São Paulo e também para unidades do SENAC situadas em outros estados da federação.  Sabe-se que esses estudos estão sendo realizados, no âmbito da diretoria de Regulação, mas é preciso ponderar que são visíveis os indicadores do crescimento do país em outras áreas do conhecimento.  Assim, exigem-se  soluções mais rápidas quando está  em jogo o dado estratégico da nossa expansão econômica e social.  A pós-graduação lato sensu em Design Instrucional, por exemplo, com carga horária de 360 horas, objetiva formar  profissionais para atuar em projetos de conteúdo de cursos on-line, capacitando-os para selecionar, organizar e produzir atividades, materiais e produtos educacionais, de acordo com situações específicas.  Se o SENAC/SP tem excelentes condições de ampliação da oferta, por que não facilitar os seus objetivos?

  • Informática faz milagres

    A vantagem de comparecer a eventos nacionais e internacionais é a troca de idéias, enriquecendo os nossos conhecimentos.  É uma verificação animadora: não só existem os especialistas em guerra, assustando o mundo, mas muita gente tratando de doenças aparentemente insolúveis.  Nesse aspecto, os brasileiros estão  avançados, com uma série de experiências notáveis.

  • Soltos no mundo

    Muita teoria, às vezes, até atrapalha. Lê-se tanto as obras de autores da modernidade que as ideias se embaralham, com o risco de se perder o rumo das coisas ou o foco do que é mais importante.