Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • Manias de escritores

    Jornal do Commercio (PE), em 18/11/2022

    Lisboa. Seguem mais algumas, nesta breve série. Começando pelos charutos, que tiveram sempre seus devotos. Como Cabrera Infante, Carrol, Chandler, Conan Doyle, Conrad, Dafoe, Dickens, Freud, Hemingway, Lorca, Mallarmé, Mark Twain, Pessoa, Poe, Stefan Zweig, Stevenson, os irmãos Max. O café da manhã de Churchill era charuto e uma taça de champanhe. Cabrera Infante (Tristes tigres) falou dos momentos em que se sentia feliz, 'É quando fumo meu charuto em paz, tranquilo, na escuridão.

  • Hiroshima, meu amor

    Folha da Manhã (MG), em 27/08/2022

    O risco de explosões nucleares, nessa guerra da Ucrânia, volta nossos olhos para o passado. E começo por lembrar que Robert Oppenheimer passava horas vendo barcos navegar sem pressa, poeticamente, no Rio Potomac. Era uma pessoa sensível. Não só ele. O grupo do Projeto Manhattan gostava, especialmente, de ouvir música romântica - como o Fausto, de Gounoud. E de ver balé - como O Aprendiz de Feiticeiro, que assistiram um mês antes de explodir Hiroshima. Como se fosse premonição.

  • Manias de escritores

    Jornal do Commercio (PE), em 19/08/2022

    Escritores, e grandes personagens, tem suas manias. Ou vícios, como preferirem. E é sempre bom lembrar La Rochefoucauld (Reflexões), 'o que impede de nos entregarmos a um único vício é ter vários'. Beethoven, por exemplo, tomava café enquanto compunha sua 9º Sinfonia. Como tinha refluxo, separava 60 grãos. O suficiente para fazer uma úinica xícara que ia bebendo, aos poucos, até a noite. Já com Voltaire eram 8o xícaras. Dizia sempre 'claro que é um veneno lento' (a frase está em todas as suas biografias), mas morreu só com 83 anos - para sua época, um feito notável. Balzac bebia mais de 50, por dia; e ainda mastigava os grãos, depois, como se fosse amendoim. Monteiro Lobato misturava tudo com farinha de milho e rapadura. Joyce preferia chocolate. E Alexandre Dumas (pai), maçã. Quando tinha prazo para finalizar um trabalho, pedia à empregada para sair de casa levando todas as suas roupas, dado que só nu podia se concentrar e escrever.

  • Sem revanchismos

    O advogado e escritor pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho tem bons motivos para estar feliz: foi indicado para compor a Comissão da Verdade, e seu livro, uma formidável biografia do poeta português Fernando Pessoa, tida como uma (quase)autobiografia no título por utilizar os próprios poemas para contar a vida de Pessoa, está em primeiro lugar na lista dos mais vendidos em Portugal.