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Artigos

  • Bolsonaro não governa, só faz campanha

    O Globo, em 01/09/2021

    Bolsonaro não governa, faz campanha o tempo todo. Continua sendo um deputado do baixo clero, que está na presidência da República por um acaso do destino, e de lá não quer sair. Mas também não  quer governar.  Nunca tomou a dianteira de um programa nacional de prevenção da COVID, ao contrário, tentou ao máximo desqualificar a crise. Não apareceu, e ficou com ciúme do ministro da saúde Henrique Mandetta, que falava o tempo todo. Nessa crise energética é a mesma coisa: ele não aparece, não fala, não há um gabinete de crise, não há planejamento, não se sabe o que fazer. Hoje o vice presidente Hamilton Mourão afirmou que provavelmente haverá necessidade de racionamento. 

  • Fora do tom

    O Globo, em 31/08/2021

    A crise desencadeada pela intenção de instituições como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de divulgar manifesto supostamente contra o governo, mas que, na prática, defende mesmo a necessidade de diálogo entre os Poderes da República, mostra bem a que ponto chegamos no debate político no país.

  • Documento da FIESP é anódino

    O Globo, em 30/08/2021

    Criou-se uma tensão, por equívoco do governo, a respeito do documento que setores econômicos anunciam que irão divulgar. O texto que seria divulgado amanhã - e parece que já foi adiado, segundo Artur Lira, é anódino. Pede diálogo e iguala os três poderes como responsáveis pela crise institucional. Muita gente deixou de assiná-lo porque ele transforma o governo Bolsonaro - que é quem ataca as instituições - em parceiro da mesma qualidade democrática que Judiciário e Congresso. É engano do governo fazer essa onda toda por um documento tão tranquilo. A primeira versão era mais incisiva na crítica oculta da crise institucional e responsabilizava o Executivo, mas foi refeita por pressão do BB e Caixa Econômica Federal. O documento final é neutro, e o governo, que teve vitória na pressão para mudar o teor do primeiro documento, ou está interpretando errado, ou quer criar mais uma confusão. 

  • As coxas de Lula

    O Globo, em 29/08/2021

    Uma foto do ex-presidente Lula com sua noiva Janja, à luz do luar na praia do Pico no Ceará, bombou nas redes sociais. Um procedimento usual dos frequentadores do Instagram - ou Insta, na intimidade -, publicar seus momentos felizes, tornou-se um fenômeno político. As coxas saradas de Lula transformaram-se em objeto de desejo de homens, e principalmente, de mulheres.

  • Visão regressiva

    O Globo, em 26/08/2021

    Ao afirmar que fez um pacto com seu indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, de que ele abriria toda semana os trabalhos no tribunal com uma oração e de que se encontrariam toda semana para conversar, o presidente Bolsonaro parece querer dificultar ainda mais a aprovação do ex-advogado-geral da União no Senado.

  • Comandante do Exército defende democracia

    O Globo, em 25/08/2021

    O discurso do comandante do Exército, Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, na solenidade do dia do Soldado, foi tranquilizador, a favor da democracia, pedindo estabilidade e deve ter deixado o presidente da República cuspindo fogo. Recentemente, Bolsonaro já havia pensado em tirá-lo do comando, mas seria o segundo comandante do Exército a sair e complicaria a situação do presidente. 

  • Presença inaceitável

    O Globo, em 24/08/2021

    O afastamento do coronel da Polícia Militar de São Paulo Aleksander Lacerda, que chefiava o Comando de Policiamento do Interior-7, em Sorocaba, por fazer ofensas pesadas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao governador de São Paulo, João Doria, e que convocou pelo Facebook seus seguidores para as manifestações de 7 de setembro, foi uma ação acertada, ao mesmo tempo exemplar e prenunciadora de problemas que estão por vir.

  • Presidente quer um grupo armado de apoio

    O Globo, em 24/08/2021

    Presidente da República que anuncia apoio publicamente a manifestações antidemocráticas está cometendo um crime de responsabilidade muito grave – é o que Bolsonaro vem cometendo com frequência há muito tempo, mas agora traz insegurança e desconfiança de que pode acontecer algo fora das quatro linhas da Constituição. 

  • Afastamento de coronel foi importante

    O Globo, em 23/08/2021

    O afastamento do coronel da Polícia Militar de São Paulo que fez ofensas pesadas a ministros do STF, ao governador João Doria e convocou para as manifestações de sete de setembro foi uma boa ação. A atitude do Comando Geral é importante para controlar a tentativa de avanço bolsonarista nas polícias militares e reforça o caráter legalista e de respeito à Constituição da Corporação. E é fundamental porque Bolsonaro alimenta a subversão, na tentativa de ter uma força armada para apoiar um golpe, ou uma rebelião. 

  • Ousadia de um fraco

    O Globo, em 21/08/2021

    Ao anunciar que apresentará outro pedido de impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), desta vez Luis Roberto Barroso, o presidente Bolsonaro dobrou sua aposta no caos, como é de seu feitio de blefador compulsivo. Só faz piorar sua situação, pois a cada arruaça institucional que promove, ajuda a afundar seu governo e abre caminho para que seja abandonado por sua base parlamentar trânsfuga.

  • Bolsonaro quer botar fogo na crise

    O Globo, em 20/08/2021

    O presidente Bolsonaro “ameaça” discursar no dia 7 de setembro e, como é descontrolado, vai botar fogo nessa crise. Com uma multidão pedindo a saída de ministros do STF, voto impresso, e outras coisas, não terá palavras sóbrias; não vai dar certo. Vai querer mostrar que o povo está do lado dele e será difícil se controlar. A ação da Polícia Federal contra Sergio Reis e Ottoni de Paula é uma demonstração clara de que não dá para brincar. Não é possível incentivar revolução, invasão do STF e quebra-quebra no Congresso e ficar por isso mesmo. Mas grave mesmo é quando o presidente toma essa atitude, demonstrando total inconsequência, sem avaliar o que pode acontecer a partir daí. Ou até avalia, e acredita que a arruaça vai favorecê-lo. Esse é o perigo, quando o presidente da República chega a esse ponto.

  • Esses tempos estranhos

    O Globo, em 19/08/2021

    A reunião do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os representantes de plataformas digitais como Facebook, YouTube, Instagram, Twitter e outras, para definir regras de pagamento a sites e plataformas durante o período eleitoral com o objetivo de evitar a propagação de fake news, deveria estabelecer critérios mais rígidos de monetização das notícias também em tempos além do eleitoral.

  • Doria fortalece sua campanha

    O Globo, em 19/08/2021

    O governador João Doria começa a fazer movimentos importantes para sua campanha às prévias do PSDB para a presidência: nomeou o deputado Rodrigo Maia secretário de seu governo e recebeu o apoio formal de Fernando Henrique Cardoso. Ao mesmo tempo em que Maia vai trabalhar nas bancadas paulistas, terá papel durante a campanha, para fortalecer o palanque no Rio. Ele tem bom trânsito na área financeira e pode levar a palavra do candidato para essa área. Doria terá outras pessoas importantes em outros estados, não necessariamente políticos na ativa,  para ajudar a nacionalizar sua campanha. O apoio de FH é importante e dentro do PSDB tudo indica que ganhará as prévias.

  • Rodrigo Pacheco é a voz sensata

    O Globo, em 18/08/2021

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está tendo um papel importante nesse momento conturbado da política. Com seu jeito mineiro, marca posição e procura acalmar a situação. Mas pode entrar na lista de adversários de Bolsonaro, já que seu nome foi lançado à corrida presidencial pelo ex-ministro Gilberto Kassab. Cada passo que ele der será tomado como atitude contrária ao presidente. Está se colocando como político sensato, habilidoso, que quer o diálogo, o que é uma opção importante para quem quer se viabilizar como terceira via.  Na discussão política partidária, o Senado está tomando posições importantes, como ficar contra as coligações. Acredito que não haverá espaço por lá para votar a reforma eleitoral já aprovada na Câmara. Não tem sentido fazer mudança numa reforma já feita em 2017 e que precisa ser aprovada rapidamente, sem o debate necessário.  2022 será a primeira experiência da reforma de 2017 em eleições para o Congresso. Não tem sentido mudar mais uma vez antes de ela acontecer.

  • O imoderado Bolsonaro

    O Globo, em 17/08/2021

    Na sua busca cotidiana do confronto, o presidente Bolsonaro replicou nas suas redes sociais uma convocação para uma “manifestação gigante” no dia 7 de setembro que demonstre que ele tem a força popular para executar “um bastante provável e necessário contragolpe”. O apoio significa uma perigosa validação do governo a uma ilegalidade.