Dos minipartidos às legendas familiares
Impressiona, mais ainda, o nosso imediato futuro, com o propósito de criação de praticamente o dobro das atuais siglas.
Impressiona, mais ainda, o nosso imediato futuro, com o propósito de criação de praticamente o dobro das atuais siglas.
Toda a presente cena política, por outro lado, fica sob a dependência da Operação Lava-Jato, que está longe de exaurir as suas condenações.
Já vai a mais de 3 milhões a subscrição por novo plebiscito, que corrigiria o que se vê como catastrófico para a Inglaterra.
Só se acentua, nos últimos dias, o crescimento da reação internacional contra o impeachment de Dilma, no protesto formal em organizações latino-americanas, e, já agora, atingindo as Nações Unidas. Vem de par com a perplexidade diante da alegação de crime, por Dilma, quando as ditas “pedaladas” já se registravam como rotina nas apropriações orçamentárias do governo Fernando Henrique Cardoso.
Só cresce, nas últimas semanas, o protesto contra o governo interino.
Só se acentua, nos últimos dias, o crescimento da reação internacional contra o impeachment de Dilma, no protesto formal em organizações latino-americanas, e, já agora, atingindo as Nações Unidas. Vem de par com a perplexidade diante da alegação de crime, por Dilma, quando as ditas “pedaladas” já se registravam como rotina nas apropriações orçamentárias do governo Fernando Henrique Cardoso.
O vulto das reações contrárias ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), no seu impacto internacional, põe em jogo o respeito à força de nossa maturação democrática.
O discurso de Temer, ao assumir, removeu qualquer perspectiva de interinidade do novo governo. Fica, por força, a repetição inevitável do óbvio, na invocação da esperança, no apelo às reformas, para dar conta do mandato. Ao mesmo tempo, no seu primeiro encontro com o país, o presidente em exercício, no frente a frente com a massa, tornou preciso o que não vai fazer, na definição de toda sua política pública.
Essencial a toda democracia é a viabilidade, sempre, da alternativa diante das unanimidades políticas.
Temer desfruta de um inédito apoio midiático, acompanhado pelo concurso financeiro de todos os setores produtivos
A recém-terminada conferência das Nações Unidas, em Nova York, sobre ecologia nos situa diante do estado de consciência universal quanto aos avanços do bem-estar ou do dito "bem comum" em nosso tempo.
Não temos, na nossa história política, momento como o de agora, em que chegamos aos extremos do risco da desestabilização.
A maratona dos discursos durante o debate do impeachment proporcionou o corte de previsibilidade do que seria o seu desfecho. Avançou, de saída, a uma monotonia, no ritmo e no fraseado, tal como se nascidos num rigoroso ensaio. Na votação pró-impeachment, recados e solenidade, ao que, já nas sílabas, as primeiras palavras de um orador, hierático no seu pódio, todo numa declinação de dedicatórias enraizadas na referência familiar, no declínio dos nomes dos nascituros aos bisnetos.
Deparamos, no debate do impeachment, a maratona inédita da declaração, um a um, dos votos dos deputados. Preparavam-se estes para os minutos de glória, disputados até os segundos, implicando o grito de guerra ou o epitáfio, frente à sobrevivência da presidente. Mas a massa dos pronunciamentos importou num completo desvio da essência da questão, no entendimento à constitucionalidade da medida.