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Artigos

  • A primeira crise

    Folha de S. Paulo (RJ), em 23/09/2014

    Na noite de 24 de agosto de 1961, após assistir ao programa de TV em que Carlos Lacerda denunciava a trama de Jânio Quadros para fechar o Congresso e se investir das funções de ditador, JK telefonou para seu primo, o deputado Carlos Murilo Felício dos Santos. Carlos Murilo não assistira ao programa.

  • Saco de gatos

    Folha de S. Paulo (RJ), em 21/09/2014

    Para falar a verdade: estou ficando cheio das declarações dos principais candidatos à Presidência da República. São mais ou menos óbvias, e todas constituem um Frankenstein de promessas, pedaços otimistas mas na maior parte inviáveis, eleitoreiras e até mesmo contraditórias.

  • Flá-flu eleitoral

    Folha de S. Paulo (RJ), em 16/09/2014

    Finalmente, o clima eleitoral esquentou. Esquentou até demais. A entrada de Marina botou fogo numa disputa que ameaçava a tepidez denunciada pelo anjo de Laodiceia, um dos momentos mais duros do Apocalipse: "Conheço tuas obras e sei que não és frio nem quente. Mas, porque és tépido, nem frio nem quente, começo a vomitar-te de minha boca". Em latim: "evomere ex ore meo".

  • Petrobras x Paulo Francis

    Folha de S. Paulo (RJ), em 14/09/2014

    Durante o escândalo do mensalão, a opinião pública acreditou que, em matéria de corrupção, o poder havia atingido um limite insuperável, para não dizer inédito, na política nacional. Ledo e ivo engano. Em poucos meses, com as sequelas que continuam e que ainda não terminaram, explode uma bomba bem maior e letal para o governo que há mais de dez anos vem sendo manipulado pelo PT.

  • Petrobras x Paulo Francis

    Folha de S. Paulo (RJ), em 14/09/2014

    Durante o escândalo do mensalão, a opinião pública acreditou que, em matéria de corrupção, o poder havia atingido um limite insuperável, para não dizer inédito, na política nacional. Ledo e ivo engano. Em poucos meses, com as sequelas que continuam e que ainda não terminaram, explode uma bomba bem maior e letal para o governo que há mais de dez anos vem sendo manipulado pelo PT.

  • Espiões saem do frio

    Folha de S. Paulo (RJ), em 10/09/2014

    Não foi somente dona Dilma e outras autoridades brasileiras que reclamaram dos grampos telefônicos que sofreram do Departamento de Estado norte-americano. Outros chefes de governo, na Europa e na Ásia, também se sentiram insultados quando perceberam que seus telefones estavam violados pela CIA ou outra entidade afim. Medo de outro atentado igual ao que atingiu o World Trade Center em 11 de setembro de 2001? Dados de situação econômica e militar de outros Estados?

  • Heróis

    Folha de S. Paulo (RJ), em 09/09/2014

    A Grécia clássica, a que deu certo e ficou como berço da civilização ocidental, foi feita por povos? Ou foi feita por grandes homens? Os veios subterrâneos da sociedade se expressam por meio dos heróis, tanto nas artes como na política. Ninguém mais alheio à República do que o Marechal Deodoro (1827-1892).

  • A maçã não tem culpa

    Folha de S. Paulo (RJ), em 07/09/2014

    Pela lenda judaico-cristã, o homem nasceu em inocência. Mas a perdeu quando quis conhecer o bem e o mal. Há uma distorção generalizada considerando que o pecado original foi um ato sexual, e a maçã ficou sendo um símbolo de sexo.

  • Chaplin e Hitler

    Folha de S. Paulo (RJ), em 31/08/2014

    Havia um trabalho subterrâneo para que o Departamento de Estado expulsasse Chaplin do território norte-americano.

  • Maximiano Campos

    Folha de S. Paulo (RJ), em 26/08/2014

    Não costumo fazer necrológios e, quanto a temas políticos, só trato de determinado assunto, crise e personagem em poucas ocasiões, mesmo assim, com a má vontade que os eventuais leitores reclamam e eu próprio proclamo.

  • Getúlio, César e Brutus

    Folha de S. Paulo (RJ), em 24/08/2014

    Em 1950, ao decidir voltar ao poder em regime democrático, Getúlio Vargas recebeu a carta de um amigo (o mesmo que anos mais tarde escreveria com ele a Carta Testamento), com uma advertência sinistra: "os liberticidas serão sacrificados, o senhor escapou da primeira (1945), não escapará da segunda. Há sempre um Brutus ao lado de um César".

  • Sugestões cívicas

    Folha de S. Paulo (RJ), em 19/08/2014

    E quando não há onda contra ninguém ou nada, inventam onda contra o hino nacional. Há tempos, já houve até comissão para apurar irregularidades no pátrio hino. Mestre Vila e outros mestres debruçaram-se sobre o corpo de delito, pesquisaram a honestidade das colcheias, a colocação das fusas e as relações públicas das semifusas. Depois da parte musical investigaram a letra. Ai o negócio complicou cismaram com o "deitado eternamente em berço esplêndido". Uns queriam tirar o "deitado", desejavam o Brasil em pé. Outros aceitavam o "deitado", mas implicavam com o "eternamente".

  • Sinais

    Folha de S. Paulo (RJ), em 17/08/2014

    "Caio verticalmente e me transformo em notícia." Foi assim que o poeta Carlos Drummond de Andrade terminou o poema "Morte no Avião", publicado no livro "A Rosa do Povo", em 1945. Ele viajava pouco, foi uma vez à Argentina para visitar a filha Julieta e os netos, evitava os aviões, mas, como todos os mineiros, gostava de trens e aceitava carros.

  • Pílulas de vida

    Folha de S. Paulo (RJ), em 12/08/2014

    Depois de ter criado o mundo, Deus estava mal informado. Achou tudo "bom": o dia, a noite, as aves no céu, os peixes no mar, o homem na terra. Tentou fazer um copydesk de sua obra, mandando chuva durante 40 dias e 40 noites, mas o dilúvio não melhorou a sua criação. Entre outras besteiras, esqueceu-se de inventar a pedra filosofal, o círculo quadrado e as pílulas de vida do Doutor Ross.

  • Opinião da vaca agonizante

    Folha de S. Paulo (RJ), em 10/08/2014

    Nossa época está sendo marcada pela abundância de opiniões. Jornais, TVs, livros e até mesmo passeatas e manifestações cívicas são pródigas em emitir uma opinião geralmente polêmica ou completamente imbecil.