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Artigos

  • Pensamentos Franciscanos

    Em termos de pensamento religioso, o papa Bergoglio poderia ser considerado (se é que essas classificações têm algum valor) um “conservador flexível”, um defensor do que já se chamou de “ortodoxia positiva”: fidelidade à doutrina da Igreja temperada por uma avassaladora humanidade.

  • O Estado laico

    Quando acontecem, no Brasil, fenômenos religiosos da proporção do que vemos agora, e isso exige algum tipo de participação dos poderes públicos, sempre aparece alguém para lembrar que o estado é laico, e que essa participação é espúria. Me parece uma interpretação muito rigorista.  O estado é laico, sem dúvida, mas a cultura brasileira está impregnada de simbolismos religiosos, bastando lembrar o desfile das grandes festas que são o Natal, a Páscoa, as festas juninas. Quando voltamos às origens da nossa história, o que vem à cabeça? O quadro famoso da Primeira Missa no Brasil; o fato de que a terra recém-descoberta chegou a se chamar Terra de Santa Cruz; os nomes de santos que estão por toda parte: São Paulo, São Vicente, Espirito Santo, Santa Catarina ...

  • Adeus à Jornada

    Que houve problemas de organização, todo mundo sabe. Mas, na minha cabeça, vão ficar da Jornada algumas imagens inesquecíveis. O que pode ser mais bonito: o Papa acossado pelas mães que lhe levavam crianças para serem beijadas, ou os bandos de jovens, com suas bandeiras, caminhando pelas praias do Rio com um excesso de alegria transbordando pelo rosto? Ou a imagem final de Copacabana, coberta de gente, num dia em que o Rio mostrava toda a sua cenografia deslumbrante? Eram retratos de um possível paraíso terrestre que, para mim, deixaram na sombra os transtornos materiais. Aliás, a ideia da peregrinação não é exatamente a dos confortos prosaicos.Mas, Jesus Cristo, de onde veio tanto entusiasmo? Não diziam que a Igreja estava se acabando, vergada ao peso de escândalos? Ela parecia bem viva, nesses últimos dias.

  • Luiz Paulo Horta

    Não dá para entender, embora seja a única verdade daquilo que chamamos "vida". Nem adianta, como no caso do acadêmico Luiz Paulo Horta, falecido subitamente no último sábado, argumentar com a sua discutível condição de "imortal", uma piada macabra que acompanha acadêmicos de várias latitudes.