Que houve problemas de organização, todo mundo sabe. Mas, na minha cabeça, vão ficar da Jornada algumas imagens inesquecíveis. O que pode ser mais bonito: o Papa acossado pelas mães que lhe levavam crianças para serem beijadas, ou os bandos de jovens, com suas bandeiras, caminhando pelas praias do Rio com um excesso de alegria transbordando pelo rosto? Ou a imagem final de Copacabana, coberta de gente, num dia em que o Rio mostrava toda a sua cenografia deslumbrante? Eram retratos de um possível paraíso terrestre que, para mim, deixaram na sombra os transtornos materiais. Aliás, a ideia da peregrinação não é exatamente a dos confortos prosaicos.Mas, Jesus Cristo, de onde veio tanto entusiasmo? Não diziam que a Igreja estava se acabando, vergada ao peso de escândalos? Ela parecia bem viva, nesses últimos dias.