A mudança de voto da ministra Cármen Lúcia no caso da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro não ficou esclarecida. Todas as razões elencadas para justificar a mudança já estavam desde o início do processo, inclusive com julgamento no STF, como o ministro Fachim ressaltou no final . A condução coercitiva foi proibida pelo plenário, inclusive com o voto contrário de Cármen Lúcia que, em seu voto final como então presidente da Casa, ressaltou que a legalidade deveria ser seguida, mas a decisão não invalidava nenhum interrogatório já feito. Não houve qualquer fato novo, a não ser as mensagens hackeados dos procuradores, que justificasse a mudanca. A reação virulenta do ministro Gilmar Mendes ao voto de Nunes Marques faz pensar que ele esperava o voto favorável à sua tese do mais novo ministro da corte. Venceu a narrativa de Gilmar mendes, mas não ficou claro que o ex-juiz Sérgio Moro tenha sido parcial.