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Uma história de paixão

 

Já perfeitamente adaptada à vida do Rio de Janeiro, encontramos a secretária Cláudia Costin, que comanda a educação carioca, passeando na orla de Ipanema, aproveitando o feriado de ano-novo. Embora a regra seja não interromper a caminhada de ninguém, não resisti à tentação de felicitá-la pelo balanço do primeiro ano à frente da Secretaria Municipal de Educação, que lida com 1.064 escolas, 36 mil professores e 750 mil alunos. É a maior rede municipal do Brasil e as ações da SME estão no caminho certo, a partir da incorporação de mais 2.300 professores e o relevo dado às disciplinas de Português e Matemática, com uma cuidadosa revisão a que foram submetidos os seus professores.


Também as aulas de reforço constituíram-se numa preocupação relevante da secretária, que identificou, no sistema, nada menos de 28 mil analfabetos funcionais. Com a ajuda do Instituto Ayrton Senna e a utilização de professores cariocas foi feito um grande esforço de realfabetização.


Acompanhamos projetos como o das Escolas do Amanhã, com atividades esportivas e artísticas, além do cuidado especial com as crianças que estudam em escolas situadas em áreas violentas. Também foi solicitada a colaboração de instituições oficiais de ensino, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro, para o aperfeiçoamento da Matemática nas séries iniciais.


Cláudia Costin, que tem uma sólida formação cultural, trabalha para que os mestres se encantem com a leitura. Entregou dois livros de leitura literária para cada escola e creche, por trimestre, escolhidos por votação dos próprios interessados.


E realizou a notável Maratona Escolar Euclides da Cunha, que mobilizou alunos e professores das últimas séries do ensino fundamental para estudar e escrever sobre a vida e a obra de um dos nossos maiores escritores.


Acompanhamos de perto esse projeto, finalizado na Academia Brasileira de Letras, e podemos testemunhar  seu êxito, o que levou a Secretária de Educação a estabelecer, para 2010, a Maratona Escolar Rachel de Queiroz. Será justa homenagem à primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras e que, se viva fosse, completaria 100 anos em novembro próximo. Temos plena convicção do êxito da iniciativa, que demonstra, de forma inequívoca, a paixão de Cláudia Costin pelo seu trabalho.


Jornal do Commercio (RJ), 8/1/2010