O mundo deriva perceptivelmente para uma situação revolucionária, que pode tornar incontornável o rastilho aceso na França e que já se espalhou pela Alemanha, Itália e Espanha.
No último dia 8 o tranqüilo Reino da Jordânia foi golpeado pelo terror, que recentemente se fez presente também em Londres, com mortes a registrar.
A situação revolucionária ainda não é bélica, mas de intranqüilidade e de ameaça à estabilidade das instituições políticas, econômicas e sociais. É uma situação que tem estado presente na Europa, e por extensão no mundo inteiro, há mais de dois séculos, com períodos de calma e períodos de grande agitação.
O totalitarismo do Século XX, que introduziu o mal na história, tornou-se alvo fácil de audácia terrorista. É a situação de nossos dias, altamente perigosa, pois não polpa culpados e inocentes – e estes mais do que aqueles.
O Brasil encontra-se numa situação revolucionária criada por partidos políticos, um deles o PT, intensamente comprometido com a corrupção política, cuja realidade está vindo à tona na Comissão Parlamentar de Inquérito que apura as irregularidades, objeto de lei e de sanções penais.
A situação revolucionária pode ficar ativa nos vários países já dominados por ela, com mortes de inocentes e despreparados cidadãos que confiaram nos direitos humanos que, infelizmente, não os têm garantidos. A situação revolucionária tende a se expandir ainda mais e poderá vir a envolver toda a geopolítica no Século XXI, no qual entramos com grandes esperanças, deploravelmente e evanescentes.
Diário do Comércio (São Paulo) 17/11/2005