A nossa pós-modernidade, tão acelerada, deixados diante da invocação de um possível monopólio do terrorismo. Vivemos, já, esse ineditismo - crescido após a queda das Torres - da quebra de todo reconhecimento da igualdade básica da dita e proclamada "humanidade", resultando no crescendo da Al-Qaeda e na expansão do Isis.
Acumulando-se os atentados, de logo, vem a pergunta de se trata, sempre, do mesmo grupo extremista ou se já se multiplicam os protestos de diferentes grupos, buscando o seu recado. Deparamos há pouco com o massacre de Berlim, seguido da abordagem e morte de seu responsável, em uma operação de rotina dos carabinieri em uma estação de trem próxima a Milão. As hesitações sobre o propósito do acusado suscitam, também, a emergência de verdadeiras estirpes de terroristas na perquirição, agora, em todo o Oriente Médio, dos antagonismos, se ligado à radicalidade do protesto sufi ou sunita. E levanta-se, na CIA, a possível busca de códigos de identificação dos pretendidos autores das catástrofes.
Como vão os terroristas garantir a sua marca de fábrica, a estabelecer um possível mosaico de diversos antagonistas, ciosos da sua individualidade, diante do último sacrifício? Estaríamos a pique de uma guerra de desmentidos, tanto venham a se multiplicar os clamores por esses distintos atos de abate.
Não existe, por outro lado, qualquer aquiescência entre os terrorismos, num condomínio da agressão que permitiria a invocação das frentes múltiplas, numa escala que apenas comece um confronto com a civilização como a conhecemos. Os califados do Isis, inclusive, evidenciam, dentro do islamismo, uma radicalidade segregacionista, sem volta.
Cresce, ainda, nestes últimos meses, o voluntariado ocidental para o jihad. E, dentro do seu fanatismo assumido, só começa a se delinear o clamor dramático pela autoria de uma catástrofe assinada.