Candidato lançado pelo PSDB, Geraldo Alckmin assumiu um compromisso que muito nos anima, o de proceder à tomada de providências que efetuem a reforma tributária de que tanto necessita o País. Estamos fartos de saber que dificilmente se deve acreditar em promessa de candidato, pois a falta de palavra é comum nesse agitado mundo, palavroso e não raro ineficaz, e é o que há de mais falso. Mas abrimos crédito para o candidato Alckmin, que demonstrou ter palavra no governo de São Paulo. Homem modesto, comedido nas palavras e nas promessas, provou no exercício de sua administração que sabe honrar a palavra. Daí a nossa alegria, embora saibamos muito bem que a corrida presidencial é mais dura que uma prova olímpica e exige fôlego abundante até a reta final.
Já escrevi nesta coluna que vejo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato forte, por ter tido eleição farta e estar no cargo usando do direito de fazer propaganda com o uso do poder de governar. Mas, repito, em eleição tudo é possível, não só aqui como em todos os países democratas e regidos politicamente pelo voto, direto, secreto e universal.
As pesquisas de opinião, embora falíveis, dão uma idéia do que se passa na área da corrida presidencial e é nessa que todos os brasileiros se encontram.
Geraldo Alckmin vem do interior, que é a coluna de resistência da sociedade brasileira ameaçada pela decadência do modernismo, pelos vícios, destemperos, sexualidade violenta e outros males que pululam, principalmente nas novas gerações. Com o espírito do interior profundo, do qual tanto esperamos como revitalização de usos e costumes, Geraldo Alckmin dá esse exemplo. Mas a luta é dura. Ele sabe disso, como também sabe o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e vão prová-lo na áspera raia da corrida até o Planalto.
Diario do Comercio (São Paulo) 20/06/2006