Já escrevi mais de uma vez nestes artigos que é preciso ter confiança no Brasil, inclusive – por mais incrível que possa parecer - por precisarmos de bons governos ao longo dos anos. A Bolsa de Valores de São Paulo anunciou que recupera-se da perda ocasionada pela crise americana, ainda não solucionada, mas que por aqui já passou. Esta notícia da recuperação da Bolsa vem confirmar o que já escrevi aqui, sobre a incorporação de esquemas dos investimentos, que estão crescendo muito.
Na história da Bolsa, esta é uma fase de grandes conquistas e de confiança, principalmente sob a administração de Raymundo Magliano Filho. Não está longe o dia em que pequenos investidores procurarão - e não serão procurados - pelos corretores que operam na Bolsa, afiadíssimos no mister de levá-los a confiar nos títulos oferecidos com ganho certo a cada período civil de contabilidade.
Esse fato faz lembrar do poder nos EUA e nas bolsas do leste europeu dos pequenos investidores, que constróem assim a sua força econômica e financeira. A crise atual, na qual a Bolsa perdeu negócios durante alguns dias, está superada pela confiança no mercado de capitais que os investidores demonstraram, garantindo, assim, uma recuperação mais do que inesperada pelo homem comum, não afeito a propulsão do tabuleiro bursátil, hoje acessível aos investidores pequenos, médios e grandes.
É assim que se forma o capitalismo, como o melhor sistema econômico a ser explorado pela sociedade anônima, que é a garantia dos investidores em geral em aumentarem os seus capitais e a terem os dividendos garantidos na distribuição contábil de cada ano.
Esse é um bom e inesperado sinal, uma vez curados do susto que os EUA nos deram - como deram a todos os povos - no colapso passageiro do mercado imobiliário de alto risco, que perdeu força com a crise.
Estimamos muito a situação atual de recuperação de perdas causadas pela crise americana em que se encontra o Brasil, nos liberando do sufoco sofrido durante alguns dias.
Diário do Comércio (SP) 26/9/2007